A herança genética é um tema complexo e muitas vezes assustador, especialmente quando temos um histórico familiar de doenças graves como o câncer. É comum ouvir relatos de pessoas preocupadas com a “má genética” devido a casos na família, como o tio ou o avô que enfrentaram câncer. No entanto, essa perspectiva pode ser limitada e desanimadora. Para entender melhor como a genética influencia nossa saúde e como podemos agir para melhorar nossa qualidade de vida, precisamos aprofundar a discussão sobre o papel dos genes e o impacto do nosso estilo de vida.
A genética certamente tem um papel significativo em moldar quem somos. Nossa herança genética pode determinar predisposições a certas condições de saúde, mas não é um destino fixo. A genética define nosso ponto de partida, mas não necessariamente nosso ponto de chegada. Fatores externos, como o ambiente, os hábitos de vida e as experiências pessoais, influenciam profundamente a expressão dos nossos genes.
A epigenética é o campo de estudo que examina como os nossos comportamentos e o ambiente podem modificar a forma como nossos genes funcionam. Esse conceito nos mostra que, embora tenhamos predisposições genéticas, temos a capacidade de influenciar a expressão desses genes através de escolhas de estilo de vida. Por exemplo, práticas como uma alimentação saudável, atividade física regular, gestão do estresse e um sono adequado podem ativar ou desativar genes associados a doenças.
Nosso estilo de vida é um fator determinante que muitas vezes supera a influência genética. A forma como vivemos, os hábitos que cultivamos e as escolhas que fazemos diariamente impactam nossa saúde de maneira significativa. Fatores como dieta, exercício, sono, saúde mental e relacionamentos sociais desempenham papéis cruciais na nossa qualidade de vida e na prevenção de doenças.
Reconhecer nossa herança genética é importante, mas não devemos nos eximir da responsabilidade sobre nossa saúde. Temos a capacidade de interagir com nossos genes e influenciar seu comportamento. Isso exige uma consciência ativa e uma disposição para experimentar mudanças positivas em nossos hábitos. Adotar um estilo de vida saudável não é apenas uma opção, mas uma necessidade para aqueles que desejam superar predisposições genéticas e viver com qualidade.
Para promover mudanças significativas e alcançar uma vida saudável, devemos nos conectar com práticas que beneficiem nosso bem-estar geral. Isso inclui manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regularmente, garantir um sono de qualidade, cuidar da saúde mental e cultivar bons relacionamentos sociais. O autocuidado é um exercício contínuo, que deve ser integrado ao nosso dia a dia.
A genética pode nos oferecer uma visão sobre nossas predisposições, mas não deve ser vista como uma sentença irrevogável. Nosso estilo de vida tem um impacto profundo e pode superar muitas das limitações impostas pela genética. Ao focar em hábitos saudáveis e na melhoria contínua de nosso bem-estar, podemos transformar nossa vida de maneira significativa. Escolher viver de forma consciente, adotando práticas que promovam a saúde e o bem-estar, é essencial para superar as barreiras genéticas e evitar o adoecimento, garantindo uma vida plena e de qualidade.
Instituto Oliveira
O Instituto Oliveira é uma organização sem fins lucrativos sediada na cidade de Joinville. O objetivo do lugar é proporcionar qualidade de vida às pessoas com câncer infantojuvenil. As ações desenvolvidas pelo instituto proporcionam o acolhimento e atendimento global a todos os membros da família do paciente portador da doença.
O instituto enfatiza o foco de desenvolvimento da saúde familiar de maneira integral, auxiliando em todos os processos relativos ao adoecimento, gerenciando os impactos psicossociais que afetam diretamente o psicológico da pessoa com câncer e de seus familiares. O trabalho do local é baseado em princípios e valores cristãos, seguindo sempre o modelo e exemplo de Jesus Cristo.
Dr. Hugo Oliveira
O médico oncologista pediátrico Hugo Martins de Oliveira tem uma história inspiradora: quando menino teve linfoma, foi curado e hoje é médico e cuida de crianças com câncer. Ele fez residência em oncologia pediátrica 15 anos depois no mesmo hospital onde se tratou na infância: o Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, no Paraná.
Hugo sempre sonhou em ser jogador de futebol, mas aos 14 anos descobriu a doença juntamente com um diagnóstico errado em que o médico disse que lhe restavam apenas três meses de vida. Parecia o fim, mas era apenas o seu começo. Durante o tratamento, Hugo decidiu que ia ser médico.
