Vou começar esta conversa, leitora, leitor, entrando pela porta dos fundos. Já pensei muito nesta verdade de que vamos tratar, ela é assustadora, mas incontestável. Começo dizendo que o homem, por mais destruído que esteja em sua aparência, tem muito mais chances de arrumar uma parceira na velhice que as mulheres. Houve um tempo em que quando via um homem mais jovem, mas já idoso, iniciando um relacionamento com uma mulher mais jovem eu pensava que era um tipo especial de “tara”, afinal, aquele relacionamento não me parecia normal. E era. O relacionamento, procurado pelo homem na velhice, não é nada mais do que uma luta para fugir à solidão e ter uma “mãe” por perto. O homem é mil vezes mais fraco que as mulheres em tudo, e na questão solidão “de parceria marital” nem se fala. Os homens piram quando sozinhos, e na velhice mais ainda. E o que me traz à conversa de hoje, leitora, é saber de uma “moda” que está em alta no Japão. Muitas japonesas idosas, viúvas, filhos distantes, familiares ou nada disso, estão praticando crimes (pequenos roubos em lojas, por exemplo) para serem presas. A razão? É que no presídio, elas passam a ter companhias, alimentação e assistência médica garantidas. Diga-me se tem cabimento? E essa “moda” japonesa vai chegar ao Brasil, mais rápido do que muitos pensam. As famílias estão cada vez menores, os filhos, maioria, batem asas e vão, sob falsos pretextos, se realizar lá longe, quando na verdade estão é fugindo dos pais. Solidão na velhice não é só não ter um parceiro por perto. É um desespero horroroso. Será que os filhos não vêem isso? Têm que ver, sim, e obrigatoriamente ajudar, sempre. Muitos dizem que fazer amizades não garante teto e comida na velhice. Claro que não vamos fazer amigos só pensando em vantagens, salvo a “vantagem” da amizade, do saber que temos por perto alguém que se divide conosco. Nunca esquecendo que essa amizade tem que ser via em mão dupla: eu te ajudo quando precisas e tu me ajudas quando eu estiver num mau momento. Isso é amizade. No Brasil, idosos sozinhos não têm saída, asilos são depósitos e casas geriátricas são teatros da enganação. No Japão, melhor é a cadeia, que horror!
CRIME
Não, não é crime, é falta de pudor, de educação. Fazia tempo que eu não via esse tipo de cena, revi-a ontem num shopping. Uma jovem mulher com um bebê no colo. A criança precisava mamar. A “senhora” não pensou duas vezes, abriu a blusa, tirou o seio todo para fora, ajeitou a criança e deu-lhe de mamar ali mesmo. Não é crime, mas, convenhamos, dá para ser mais discreta, ah, dá…
CENA
Outra cena bem comum. O guri, pequeno, anda na rua com a mamãe, diz que quer fazer xixi e… Incontinente, a mãe para o filhinho na calçada e o manda urinar (dizer mijar fica feio) contra a parede. E se fosse a filha que quisesse fazer xixi, hein, mãezinha? É isso, os guris são criados para fazer o que bem entendem, em qualquer lugar, como, também jogar-se no chão e berrar, como vejo seguido. Facílimo “corrigi-los”…
FALTA DIZER
Acabei de ver uma publicidade de livros. Ah, que lindo, publicidade de livros! Uma treta, isso sim. A publicidade é de “Livros eróticos para Salva Casamentos”. Tem cabimento? Quando os pombinhos chegam ao ponto de precisar de livros para fazer a “máquina” funcionar, ah, por favor, aceitem-se ou que vão cantar em outra freguesia…