A culpa não é dela – Leia a coluna de Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

11/10/2022 - 05:10

Tenho muita pena dela, pobrezinha, não tem culpa nenhuma, mas carrega o ônus de ser a culpada. “Tadinha”! – Ah, sim, estou falando da última gota, costumeiramente chamada de “a gota que faltava”. A coitada não tem culpa de nada, mas… A culpa fica com ela, fica com ela no uso indevido que os levianos fazem dela. Acabei de ouvir uma história, leitora, contada por uma ex-colega minha. Gente fina. Ela nem imagina que vou fazer uso do que ela disse nesta nossa conversa. Falando do divórcio de uma irmã dela, minha amiga disse que o cara vivia aprontando, mas que a última safadeza dele (não digo qual foi) foi a gota que faltava, a última.

Todas estas voltas, leitora, para voltar a falar do que vivo falando por aqui. Quando alguém se refere à gota que faltava, a última gota, seja para o problema que for, essa pessoa está esquecendo que culpa toda não é da última gota, da gota que faltava, a culpa toda é da pessoa que deixou a “primeira gota” passar em branco. É aquela velha história, ninguém chega ao milhão sem passar pelo tostão.

Quando alguém engole o primeiro sapo, a primeira gota, não se queixe mais tarde. Bah, mas quantas vezes vou precisar dizer isso? As pessoas querem se fazer de vítima, não são vítimas, são “ingênuas” tolerantes ou burras mesmo. A leitora que me acompanha nestas conversas sabe que vivo dizendo que no primeiro encontro com ele ou com ela já dá para ver com quem estamos lidando. Por mais que as pessoas se cuidem num primeiro momento, afinal, o “negócio” ainda não foi fechado, elas se revelam.

Primeiro pigarro mais forte de parte do falso machinho é sinal de alerta, primeira “gota”, a gota que vai ser a culpada pela “última gota”, a que faltava. Cuidado, essa última gota pode estar logo ali… Claro que as mulheres também se revelam levianas ou não já no primeiro encontro, é só ter olhos de perceber e ouvidos de escutar. Esperar pela última gota é burrice das mais apuradas. Repito o formidável Geraldo Vandré – “Esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Ele não disse, mas eu digo, não espera pela gota que faltava, pela última gota. Pode ser tarde.

ROUPAS

Ah, são meus direitos! Depende. Acontece em todos os lugares, mas por aqui é mais que direitos, é abuso, estupidez mesmo. Dia destes, uma advogada foi a um Tribunal de Justiça vestindo minissaia. Foi barrada na entrada. Criou um caso. Roupa “indevida”, só isso. Se houver transigências de toda sorte, em todos os lugares, o mundo não sobrevive a poucos minutos. Ademais, a “doutora” sabia o que estava vestindo, “pensou” antes de escolher…

ELES

Quanto menos homem o sujeito é, mais ele gosta de andar de sunga e sem camisa por aí… Um pequeno supermercado a que frequento estava ignorando “homens” sem camisa. Veio finalmente a proibição. Dois ou três engrossaram o caldo. Foram enfrentados e meteram a viola no saco. Tem cabimento um “caído” não saber que não deve andar nas ruas ou em outros ambientes seminu? Esses caras têm que ser “educados”. E vão aprender, ô, se vão…

FALTA DIZER

Acabei de ler, outra vez, sobre a insistência de alguns “cientistas” em lançar no mercado um “Viagra” feminino. Ignorantes. O sexo para as mulheres, para as mulheres Mulheres, não é o sexo físico, brutal, instantâneo, dos machinhos. As mulheres precisam de tempo, afagos, desejo e… Ocasião. Não precisam de “aditivos”, elas são potentes…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.