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A culpa é nossa – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

12/07/2025 - 08:07

Quem é que está certo o tempo todo? Nós. Os errados são os outros, afinal, diante das nossas encrencas ou entupimentos emocionais sempre temos uma razão para explicar. Suportar erros, admiti-los é para gente forte. Gente forte? Quem? Não nasceu até hoje um “anjo” entre os humanos. A Psicologia tem alguns vieses desconfortáveis para nossa tolerância. Uma delas é alguém dizer que quando estamos criticando outrem na verdade estamos vendo na outra pessoa o que há dentro de nós. Nossos azedumes, erros, imperfeições, mais das vezes vemos nos outros, jamais em nós. Vem daí o sucesso das psicoterapias. Ao ver os erros dos outros, quem admite os seus? – “Pô, sou parecido, também sou assim”! Quem faz essa confissão? Aliás, diz o velho ditado que o pior cego é o que não quer ver. E nesse aspecto somos todos “cegos”, não cegos físicos, mas cegos de espírito, de alma, de caráter… Uma das áreas onde há mais erros e, mais tarde, dedos apontados para o outro, é a área dos casamentos. De 10 casamentos, bah, se dois escaparem é um recorde a ser comemorado. O que mais há hoje são erros pessoais, dele ou dela, na hora de início do namoro. Vemos virtudes que não passam de desenhos do corpo físico e deixamos o caráter, dele ou dela, esconder-se diante dos nossos olhos que não querem ver a “feiúra” do caráter do “pombinho”… No ambiente de trabalho, em todos, preponderam os que vivem gemendo, se queixando do salário, do chefe, dos cerceamentos diante de desejos safados e contraditórios a um saudável ambiente de trabalho. Quem fingir não ver essas manhas da maioria reúne-se ao rebanho. Temos que pôr em nossas cabeças que nossas encrencas existenciais têm nossas assinaturas. Há coisas que são inerentes à vida, impossível impedi-las, mas… O que nos aperta o sapato no cotidiano, ah, por favor, culpa nossa, de um modo ou de outro. E essa verdade é assinada por uma das belezas da vida: a liberdade. Somos livres, livres para voar, a vida nos dá as asas dos vôos da liberdade, mas… É preciso ter consciência disso e não ficar olhando para os lados… A culpa nunca é dos outros.

MEMÓRIA

Trecho do livro “Crimes em Nome de Deus”, de Fernando Bastos, página 137: – I Coríntios, 11,9 – “Não permito a mulher que ensine nem se arrogue autoridade sobre o homem, mas permaneça em silêncio”. Já em I Timóteo, 2,12, lê-se: – “Assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres aos seus maridos”. E assim incontáveis outros trechos da Bíblia. Qualquer reação nervosa, por favor, não a faça a mim, mas a quem de “direito”: aos homens milenares, “criadores”, prepotentes e medrosos das mulheres.

ELAS

Os humanos mais inteligentes não deviam deixar passar, mas deixam. Falo de histórias inventadas, como aquela que diz que Deus criou o homem, mas como o homem se sentia solitário, chateado no paraíso, Deus fê-lo dormir, extirpou-lhe uma costela (carne de segunda) e criou a mulher. Fui congregado mariano, aprendi que Deus é perfeito, logo, do perfeito só pode resultar o perfeito. Então, “amigos”, paremos com as invenções machistas e reveladoras da impotência…

FALTA DIZER

Gosto de linha reta, sem essa de tender para um lado ou para outro, vejo isso como fraqueza. Olhar para frente faz bem, não nos distraímos com as mentiras que são contadas ao longo do caminho, à esquerda e à direita. Mentiras, só mentiras. Fajutos incompetentes e embusteiros…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.