Será que a comida pensada pra ser postada é realmente boa?
Com certeza, a maioria das pessoas já se sentiu atraída por uma foto ou vídeo de comida e correu para o restaurante, cafeteria, confeitaria, pizzaria… no mesmo momento. Afinal, as redes sociais são as grandes propagadoras de informações.
É fato que a gastronomia sempre esteve relacionada ao espetáculo. Os banquetes dos imperadores, os lugares bonitos onde são servidas refeições festivas, o café da manhã luxuoso dos hotéis… Mas, por longo tempo, disseminados apenas no boca-a-boca. Hoje, influenciadores são contratados para divulgar os pratos “instagramáveis”, geralmente criados estrategicamente para chamar atenção.
Efeitos de fumaça, mudança de cor, cascatas de chocolate ou queijo, ilusão de ótica, combinações inusitadas, e muitos outros recursos são usados pra capturar a atenção dos consumidores de redes sociais.
Há negócios criados totalmente focados na “comida para fotografar”, onde o ambiente é todo neutro e as comidas coloridas, ou todo o ambiente, funcionários e comidas são temáticos… Eles ganham destaque nas redes sociais exatamente por isso.
Mas, o que me faz refletir é: será que a comida pensada pra ser postada é realmente boa? Não nego que também fotografo e posto os pratos que curto. Mas, acima de tudo, valorizo a degustação. Comida tem que ter sabor, textura, temperatura adequada, equilíbrio, ingredientes de qualidade e bem “tratados”. É claro que o bom empratamento já estimula nosso olhar e gera o desejo de prová-lo, mas os outros sentidos, como o olfato e o paladar têm que ser satisfeitos!
E você, como faz a “leitura” de uma postagem que afirma ser aquele “o melhor hamburguer do mundo”, “o doce em formato de urso mais fofo que existe” ao provar de fato? Já parou para pensar?