O Dia da Independência, celebrado em 7 de setembro, convida à reflexão sobre a trajetória do Brasil como nação. Essa data simboliza a afirmação da liberdade, um dos pilares que sustentam a identidade nacional. Desde o gesto de independência até os dias atuais, o país se consolidou como uma nação livre. Mas o que é ser essencialmente livre? Será que é só garantir a soberania?
O orgulho de ser brasileiro está nas raízes que se entrelaçam na miscigenação de indígenas, africanos, europeus e imigrantes de tantas origens, criando um povo plural e único. Essa mistura se revela na cultura, na música, nas danças, na culinária, no empreendedorismo, e em tantas manifestações que nos diferenciam no cenário mundial. Ao mesmo tempo, o Brasil é privilegiado por suas riquezas naturais, abrigando a maior biodiversidade do planeta, vastos recursos hídricos, solos férteis e um território de dimensões continentais. Tais características nos conferem responsabilidades que vão além das fronteiras, especialmente no cuidado com o meio ambiente e no uso sustentável das riquezas que a natureza oferece. Se esse conjunto de características, que se poderia chamar de brasilidade, não for cuidado, respeitado e preservado, então, não seremos essencialmente livres.
O 7 de setembro também desperta uma reflexão sobre o papel de cada cidadão na construção de um país melhor. Liberdade e independência não se sustentam sem compromisso coletivo, sem a consciência de que o futuro depende das escolhas e atitudes individuais no presente. O civismo que essa data inspira vai muito além do desfile cívico-militar: é o chamado à responsabilidade, à ética e à busca pelo bem comum.
Assim, o 7 de setembro não deve ser visto apenas como uma lembrança do passado, mas como um convite permanente a honrar nossa história e fortalecer nossa identidade. O Brasil é uma nação de possibilidades imensas, e cabe a cada um de nós transformar esse potencial em realidade, contribuindo para um país mais justo, unido e promissor. Esse é o verdadeiro sentido de celebrar a independência: reconhecer o sentido e valor da liberdade e reafirmar o compromisso de fazer dela um caminho para o futuro.