Que eu tenho uma caixa de sapatos transbordante de frases recortadas de todos os lugares você já sabe. Mas talvez não saiba que recolho frases de que gosto e muitíssimas de que não gosto, paciência. Fui ensinado a conviver com os opostos aos meus gostos e aprender com eles. Esse foi um aprendizado “extinto”, hoje não se aconselha/educa a mais ninguém, é politicamente incorreto. Deve-se, dizem os parvos, dar liberdade às crianças, elas que decidam por elas. Coitados dos parvos, dos estreitos da mente. Crianças têm que ser orientadas, orientadas, eu disse. Ah, e tudo o que de bom aprendi, aprendi nos intramuros maristas. Ali o bicho pegava na educação. Enfim, tempos idos... Ontem, “sorteando” de olhos fechados da minha caixa de sapatos uma frase para estar agora com você, saiu-me na ponta dos dedos esta frase de que não gosto, melhor dito, com ela não concordo, diz assim: - “O elogio é como a sombra, não nos torna maiores nem menores”. Opa, esperem aí, dinamarqueses, autores do aforismo! O elogio pode não me encher a barriga, não me aumentar o saldo bancário, mas, seguramente, me eleva a autoestima e me energiza para novos combates e melhor apuro de minhas qualificações. Quem disser que elogio não é uma forma especial de “remuneração” no ambiente de trabalho, nada sabe de ambientes de trabalho e de autoestima humana. Claro que os estúpidos diante de um elogio franzem o cenho e estendem a mão para um aumento de salário. Será que não sabem que, cedo ou tarde, o elogio será uma plataforma para especial crescimento e distinções na empresa ou onde quer que seja? Dizer que elogio é como a sombra que não me torna maior nem menor é de uma insensibilidade paralisante. Uma esposa sensível, um marido de boa qualidade, ele e ela tornam-se ainda melhores com elogios recíprocos, claro, elogios merecidos. Aliás, quando recebemos um elogio sabemos na hora se ele procede ou não passa de uma reles sabujice ou tapeação. Dê-me um elogio, merecido, e pode deixar o aumento para o mês que vem. Hein, que tal? E você o que acha, um elogio não a/o faz maior nem menor? Ah, e não esqueça, nem só de pão vive o ser humano. Essa frase é para ser muito bem interpretada, não é mesmo, Senhor? GAZETA Mário Quintana, meu colega ao tempo de Companhia Jornalística Caldas Júnior, em Porto Alegre, ele no Correio do Povo e eu na Rádio Guaíba, dizia que – “A gente deve atravessar a vida como quem está gazeando a escola e não como quem vai para a escola”. Bah, saudoso, Mário, eu só sei ir para a escola... Um porre. Gostaria de gazear mais essas (inúteis) idas e vindas na vida. Bom, há quem diga que viver é uma arte. O diacho é que são muito raros os “arteiros” da vida. FALTA DIZER Estava relendo trechos do livro “Imagem Profissional” e lá pelas tantas reencontrei este conselho: - “Se a saia for tão curta que precisa ser puxada para baixo o tempo todo, ela definitivamente não serve para o ambiente de trabalho”. Que ridículas, essas “zinhas”...