“Educação digital, pais e professores”

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Por: Raphael Rocha Lopes

07/02/2019 - 10:02 - Atualizada em: 10/06/2019 - 10:23

Não quero ouvir sobre o seu treino/
Ou como você odeia seu chefe/ Não preciso
saber o que você está fazendo/ Você não quer
… privacidade/ Não se preocupa com sua
dignidade…” (TMI, de Joan
Jett, tradução livre).

(Nem tão) Novos tempos. As mudanças vêm a galope e tomam conta de nossas vidas. Sem reflexão sobre o que está acontecendo, deixamos por isso mesmo. A partir dessa semana, meu objetivo é contribuir no pensamento sobre inovação e disrupção, e seus efeitos sobre o comportamento.

Como diz a letra acima, desnecessário saber tudo o que os outros fazem… salvo se forem nossos fi lhos. Deve haver um grau de liberdade e privacidade? Sim, deve. Mas são de alta importância conversas e regras claras na família.

Nos últimos anos apareceram o Jogo da Baleia, o Desafio da Momo e o Desafio Bird Box (os de maior repercussão, que trazem riscos sérios aos adolescentes e crianças). Essas “provocações da internet” fazem sucesso porque envolvem fatores como medo, competição, necessidade de pertencimento e contestação (aos pais ou sociedade).

Fica evidente, assim, a necessidade do diálogo franco dentro de casa, da preocupação sobre educação digital, mas não só. As escolas devem se envolver. Devem estar atentas às novas ondas e à conexão com os pais, para compreenderem melhor as aflições de todos os lados.

Educação digital, contudo, é muito mais do que a necessária preocupação. Ao longo das colunas, entre outros assuntos, tratarei disso.

A “deseducação” digital, porém, não é privilégio de crianças e adolescentes. Nas aulas percebo muitos jovens mais preocupados com mensagens e redes sociais, do que em prestar atenção ao conteúdo, desvalorizando o investimento que está (ou seus pais estão) fazendo.

Como palestrante, esse índice cai sensivelmente, e há vários motivos para isso. Meu primeiro texto de retorno era (e ainda é) dedicado ao casal Springmann que, sempre muito gentilmente, quando nos encontramos, faz referência a minha antiga coluna, o que me lisonjeia imensamente.

Entre a escrita e a publicação, veio a triste notícia da falta do dr. Fernando. D. Yara, nossos sentimentos, e a certeza que sua trajetória e de seu marido continuarão inspirando.