SC tem participação três vezes maior que a média nas compras das Forças Armadas

Por: Pedro Leal

16/03/2022 - 06:03 - Atualizada em: 16/03/2022 - 08:24

A indústria de Santa Catarina tem participação três vezes maior que a média nacional nas vendas ao setor de defesa. Conforme levantamento do Comitê da Indústria da Defesa (Comdefesa) da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), 6% das compras anuais das Forças Armadas brasileiras são de produtos da indústria, percentual que se eleva para 19% na análise das negociações com empresas de Santa Catarina.

O levantamento, apresentado no começo da semana em reunião do Comdefesa, aponta ainda que Santa Catarina respondeu por cerca de 2% das compras do Ministério da Defesa (MD) realizadas entre janeiro e setembro de 2021.

O estudo foi feito com base no Portal de Transparência nacional. Conforme a pesquisa, as compras do MD chegaram a R$ 39 bilhões em 2018; R$ 47 bilhões, em 2019; R$ 40 bilhões em 2020, e R$ 27 bilhões de janeiro a setembro de 2021. O setor de serviço responde por 81% do montante, a agricultura, 13% e a indústria, 6%. Nos negócios com a indústria em 2021, o setor automotivo chegou a 47,7% do volume de vendas; os alimentos e bebidas, 13,4%.

No âmbito catarinense, foram R$ 244,7 milhões em 2018; R$ 310,4 milhões, em 2019; R$ 231,7 milhões em 2020, e R$ 175,3 milhões de janeiro a setembro de 2021. A participação da indústria se eleva para 19%; o setor de serviços fica em 72% e a agricultura, 9%. Entre as compras da indústria em 2021, o segmento têxtil, confecção, couro e calçados chegou a 37,2%, produtos químicos e plástico, 22% e alimentos e bebidas, 16,5%.

O presidente do Comdefesa César Olsen, destacou que as forças armadas demandam pelos mais diversos tipos de serviços. Além disso, o setor de defesa tem um efeito multiplicador de 9,8 para cada real investido, um valor quase cinco vezes superior ao da indústria de transformação em geral.

Olsen lembrou que a II SC Expo Defense – Feira de Tecnologias e Produtos de Defesa será uma oportunidade para ampliar as vendas da indústria para o setor de defesa. O evento será realizada pela Fiesc e pela Base Aérea de Florianópolis para os dias 19 e 20 de maio.

Porto

O setor empresarial catarinense defende a concessão do Porto de Itajaí, conforme previsto pelo governo federal. O posicionamento foi definido na manhã de segunda-feira (14) pelas entidades integrantes do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem): Federações das Indústrias (Fiesc), do Comércio (Fecomércio), da Agricultura (Faesc), dos Transportes (Fetrancesc), das Associações Empresariais (Facisc), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Micro e Pequenas Empresas (Fampesc), além do Sebrae-SC.

Suínos

Reconhecido internacionalmente pela qualidade de sua produção, Santa Catarina poderá exportar carne suína para o Canadá. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizou o anúncio na segunda-feira (14). Este será mais um mercado exclusivo para os catarinenses.

WEG

A Magnani Luz e Energia selecionou a WEG para fornecer as estações de recarga da 1ª Rota do Veículo Elétrico do Estado do Rio Grande do Sul. Até o momento a rota já conta com quatro pontos instalados e em operação nas cidades gaúchas de Caxias do Sul, São Francisco de Paula e Torres, e no distrito de Vila Cristina, sendo que até o final do projeto, ao todo, cerca de 16 pontos entre cidades e distritos serão contemplados com as estações de recarga WEG.

Saúde financeira

O eventual prolongamento da guerra entre Rússia e Ucrânia pode afetar a saúde financeira da indústria brasileira, disse nessa segunda-feira (14) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, o setor já está sendo afetado pelo encarecimento das commodities (bens primários com cotação internacional). Em relatório, a CNI diz que a alta internacional dos preços de matérias-primas agrícolas, minerais e energéticas aumenta a pressão sobre a inflação, já afetada pela pandemia de Covid-19.

Trocados

A maioria dos cidadãos que esperava encontrar grandes valores esquecidos em bancos ficaram decepcionados. Valores a receber de até R$ 1 representaram 42,8% das liberações para pessoas físicas, divulgou nesta segunda-feira (14) o Banco Central (BC). Os montantes de até R$ 10 concentram 69,7% do total. O volume refere-se ao total de consultas da primeira fase do Programa Valores a Receber.