SC pode ser protagonista em mobilidade elétrica no Brasil

Mario Aguiar, da FIESC (à esq.), e Adriano Barros, da GM, em frente ao Bolt (foto: Filipe Scotti)

Por: Pedro Leal

26/10/2022 - 06:10 - Atualizada em: 26/10/2022 - 08:06

Santa Catarina pode ser protagonista em mobilidade elétrica no Brasil. O estado lançou recentemente o Programa SC+Elétrica e um conjunto de iniciativas que pode torná-lo desenvolvedor, produtor e exportador dessa tecnologia.

“Se tem alguém que pode liderar isso na América Latina é o Brasil e dentro do Brasil é Santa Catarina”, disse o presidente da Câmara de Smart Cities da Federação das Indústrias (Fiesc), Jean Vogel, que abordou o tema em reunião de diretoria da entidade, nesta sexta-feira, dia 21, junto com o diretor da GM, Adriano Barros, e com Daniel Godinho, da Weg. A GM expõe na Fiesc o Bolt, carro 100% elétrico da montadora, com autonomia que supera os 400 km.

“O setor de eletrificação no Brasil precisa se desenvolver. É tendência no mundo e está em evolução. Temos que participar e ser um estado protagonista”, afirmou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, destacando que a Fiesc tem uma série de ações na área, inclusive um instituto, em Jaraguá do Sul, focado em mobilidade elétrica.

Adriano Barros, diretor de relações públicas e governamentais da GM, disse que a montadora anunciou um investimento em eletrificação de US$ 35 bilhões no mundo até 2025.

“Não quero que a gente seja mero importador dessa tecnologia. Acredito que podemos ser, de fato, desenvolvedor, produtor e exportador”, disse, ressaltando que o veículo elétrico ainda é caro, mas há pesquisas que mostram perspectiva de queda de 57% no custo das baterias até 2030. “Quando tivermos essa queda, o preço do veículo vai cair. Hoje, a bateria corresponde a cerca de 60% do custo do carro”, explicou, observando que esse é o momento de ingressar nesse mercado para aproveitar as oportunidades.

O diretor de relações institucionais e marketing da Weg, Daniel Godinho, salientou que a companhia entende que a mobilidade elétrica é, de fato, uma grande oportunidade tecnológica e de mercado para o Brasil. “Não podemos deixar de apoiar uma nova rota tecnológica e por que não ser um dos protagonistas nessa frente?”, indagou, observando que a empresa anunciou, recentemente, investimento de R$ 660 milhões para a ampliação de capacidade fabril em Santa Catarina, inclusive com a construção de uma fábrica para a produção de motores para a mobilidade elétrica. Ele também preside a Câmara de Desenvolvimento da Indústria de Máquinas e Equipamentos Elétricos da Fiesc.

Negócios

Em julho, 61.741 negócios foram criados no Sul do País, de acordo com o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian. No comparativo com o mesmo mês do ano passado, o índice revelou queda de 3,8%. A região fica atrás apenas da Sudeste (168.993) em relação ao número de novas empresas. Em sequência estão a Nordeste (55.940), Centro-Oeste (30.621) e Norte (15.903). Isoladamente, SC contou com 17.907 novos negócios.

 

Tributação

A Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa aprovou, em reunião extraordinária na segunda-feira (24), os pareceres favoráveis aos projetos de conversão em lei de duas medidas provisórias (MPs) sobre ICMS. Tratam da MP 255/2022, que trata da redução da alíquota do imposto cobrado em Santa Catarina sobre a gasolina, o etanol e a energia elétrica, e da MP 256/2022, que concede crédito presumido do imposto às distribuidoras de etanol combustível.

Workshop

A Fiesc promove em parceria com a WEG, na quinta-feira (27), workshop que abordará como as tecnologias de internet das Coisas (IoT), computação em nuvem e Inteligência Artificial podem ser utilizadas para aumentar a confiabilidade, disponibilidade dos ativos e proporcionar maior eficiência nas atividades de planejamento e controle da manutenção.

Aberto a empresários, gestores e profissionais de áreas ligadas à manutenção do setor produtivo, o evento ocorre às 19 horas, Instituto da Indústria Eggon João da Silva (Rua Cesare Valentini, 444 – bairro Três Rios do Sul.

Confiança

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,4 ponto de setembro para outubro. Com o resultado, o indicador caiu para 88,6 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos. Os dados foram divulgados na terça-feira (25), no Rio de Janeiro, pela FGV.

Inflação

Depois de dois meses consecutivos de deflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação do mês, referente a outubro, subiu 0,16%. No ano, o indicador acumula alta de 4,80% e de 6,85% nos últimos 12 meses. O recuo de 6,14% no preço dos combustíveis influenciou o resultado como ocorreu nos últimos meses. Os números foram divulgados nesta terça-feira (25), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).