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Santa Catarina ultrapassa São Paulo na indústria têxtil

Por: Pedro Leal

18/05/2021 - 05:05 - Atualizada em: 18/05/2021 - 08:05

Santa Catarina ultrapassou o estado de São Paulo no setor de vestuário. Nos anos 2007/2008, a indústria paulista produzia cerca de R$ 4 bilhões em produtos de vestuário e as empresas catarinenses, R$ 2,5 bilhões. Dez anos depois, Santa Catarina tem 26,75% da produção do setor, equivalente a R$ 6,6 bilhões ao ano, enquanto São Paulo tem uma parcela de 22,57% da manufatura de vestuário do País (R$ 5,5 bilhões).

A situação do setor de vestuário espelha como, em dez anos, a indústria nacional ficou menos concentrada nos estados do Sudeste e ganhou força em outras regiões do país. É o que aponta um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), indicando que entre os biênios 2007/2008 e 2017/2018, a produção industrial migrou de São Paulo e do Rio de Janeiro para outros estados.

No período, o Sudeste reduziu a participação no Produto Interno Bruto (PIB) da indústria em 7,66 pontos percentuais (pp). O Nordeste ganhou 2,06 pp em participação e a Região Sul, 2,46 pontos percentuais – o maior crescimento em participação.

Mesmo assim, o Sudeste continua responsável por 53,9% do PIB industrial, seguido pelo Sul, com 19,4%. O Nordeste tem 12,93% de participação; o Norte, 7%; e o Centro-Oeste, 6,7%.

Apesar de ainda ser o estado mais importante na produção manufatureira, São Paulo perdeu espaço em diversos setores. Na indústria de celulose, a participação da indústria paulista caiu de 50,31% para 31% em dez anos. Apesar de ainda ser o maior produtor, outros estados passaram a ter maior importância, como Mato Grosso do Sul, que respondia por 0,23% da produção no biênio 2007/2008 e se tornou o terceiro maior produtor nacional em 2017/2018, respondendo por 11,08% do total.

No principal segmento industrial do país, a indústria de transformação, vários setores tiveram migrações importantes para fora da Região Sudeste, que ainda concentra 55,1% da produção manufatureira. São Paulo concentra 38,14% de todo o valor produzido por esse setor.

INSS

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) trouxe na segunda-feira (17) no Diário Oficial da União (DOU) uma portaria que disciplina os critérios para a operacionalização dos requerimentos de benefício por incapacidade com procedimentos especiais.

De acordo com a portaria, o requerimento desse tipo de benefício será feito por meio do serviço “auxílio por incapacidade temporária – análise documental”, e sua solicitação cancelará “eventual agendamento de perícia presencial, sem alterar a data de entrada do requerimento”.

Estiagem

O Governo do Estado está investindo R$ 243,5 milhões em ações de planejamento hídrico contra os efeitos da estiagem em Santa Catarina. As medidas incluem instalação de reservatórios, implantação de novas redes e adutoras para reforço de abastecimento, em especial de áreas periféricas ou rurais, a perfuração de novos poços, além de linhas de crédito e fomento para auxiliar agricultores a enfrentar o período. Mais de 74,1 mil famílias de produtores rurais e 76 municípios serão atendidos pelas ações.

Crescimento

As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 3,21% para 3,45%.

Para o próximo ano, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2,38%, ante a previsão da semana passada de 2,33%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%.

As estimativas estão no boletim Focus de segunda-feira (17), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Segurança nuclear

O presidente Jair Bolsonaro publicou, no Diário Oficial da União de segunda-feira (17), uma medida provisória que cria a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) – autarquia federal que tem, como finalidade, “monitorar, regular e fiscalizar a segurança nuclear, a proteção radiológica, atividades e instalações nucleares, materiais nucleares e fontes de radiação no território nacional, nos termos do disposto na Política Nuclear Brasileira e nas diretrizes do governo federal.”

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).