Mudanças na geopolítica mundial geram oportunidades para a indústria de SC

Divulgação/Fiesc

Por: Pedro Leal

15/09/2022 - 06:09 - Atualizada em: 15/09/2022 - 08:27

A indústria catarinense e brasileira precisa aproveitar as oportunidades que se abrem na cadeia global de suprimentos, configurada a partir das mudanças geopolíticas mundiais. A afirmação foi feita pelo vice-presidente da Fiesc para a região Norte-Nordeste, Evair Oenning, na terça (13), em Joinville, durante a abertura da 13ª edição da Intermach – Feira e Congresso Internacional de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria Metalmecânica.

O evento, que prossegue até o dia 16 e é organizado pela Messe Brasil, conta com o apoio institucional da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Nesta quinta (15), será realizado o Congresso de Inovação e Tecnologia – Cintec, que é promovido pelos Institutos Senai de Inovação.

“Santa Catarina possui atualmente em torno de 7,5 mil indústrias metalmecânicas, de metalurgia ou de máquinas e equipamentos, que respondem por mais de 100 mil empregos e geraram mais de 4 mil vagas de trabalho em 2022”, destacou o vice-presidente da Fiesc para a região Norte-Nordeste, Evair Oenning. “Acontecimentos como a Guerra na Ucrânia estão apressando transições no cenário econômico mundial e gerando novas oportunidades para indústrias de todo o mundo”, acrescentou.

Entre as atrações tecnológicas e interativas do estande da Fiesc está a réplica do carro utilizado pelo Ayrton Senna no GP de F1 em Interlagos, em 1993. O carro, que pesa 200 kg, estará acoplado a um robô Kuka, utilizado para manipular peças na indústria, tecnologia utilizada nos cursos do Senai. O espaço contará também com um scaner em 3D para demonstrar como os estudantes têm acesso a tecnologias de engenharia reversa.

Fraudes

A Polícia Federal (PF) cumpriu na quarta-feira (14) três mandados de busca e apreensão da Operação Delivery Card, que investiga fraudes bancárias contra a Caixa Econômica Federal. Segundo a PF, o esquema causou prejuízo de cerca de R$ 40 milhões ao banco público. As investigações identificaram suspeitos de integrar uma organização criminosa que comprava passagens aéreas usando cartões clonados da Caixa.

Precatórios

O Conselho da Justiça Federal (CJF) liberou aos Tribunais Regionais Federais (TRFs) um total de R$ 11,151 bilhões referentes ao pagamento de precatórios previdenciários e assistenciais, que englobam revisões de aposentadorias, auxílios-doença, pensões, Benefícios de Prestação Continuada (BPC), entre outros. Esses pagamentos se referem a 72.213 processos envolvendo 104.599 beneficiários. O tribunal da 4ª Região, que abrange Santa Catarina, tem total de R$ 2,8 bilhões a pagar.

Microprodutores

A Alesc aprovou na terça-feira o PL 305/2022 altera os artigos 2º e 7º da Lei 16.971/2016, que institui o tratamento favorecido e simplificado para o microprodutor primário de Santa Catarina. Ele aumenta de R$ 360 mil para R$ 500 mil o valor da receita bruta adotada para fins de conceituação de microprodutor primário, alvo de tratamento favorecido e simplificado no Estado.

Impostos

O Impostômetro, painel instalado no edifício-sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro histórico da capital paulista, atingiu na quarta-feira (14), às 14h04, a marca de R$ 2 trilhões. Este é o montante pago pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estaduais e municipais desde o início do ano. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária. No ano passado a marca foi alcançada em 13 de outubro.

Prioridades

Os brasileiros gastam mais de 25% da renda com habitação, incluindo água, luz, gás, imposto e aluguel. Já os gastos com o carro próprio consomem 11,5% da renda familiar, à frente de supermercado (10,5%), medicamentos e saúde (6,6%) e alimentação fora de casa (4,6%). A educação, vestuário e calçados, juntos, correspondem a 3,4% do orçamento.

Os dados fazem parte do estudo IPC Maps 2022, no item hábitos de consumo, que mostra as preferências dos consumidores na hora de gastar sua renda.

Comércio

O volume de vendas do comércio varejista no País recuou 0,8% em julho, na comparação com junho, registrando o terceiro mês consecutivo de taxa negativa. No acumulado do ano, o varejo registra variação de 0,4% e, nos últimos 12 meses, o setor tem queda de 1,8%. Os dados foram divulgados pelo IBGE na quarta-feira (14).

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).