Mercado | Regra de ouro virou uma bomba para gestão futura

Por: Pedro Leal

14/03/2018 - 11:03 - Atualizada em: 22/03/2018 - 11:35

Em meio ao clima de incertezas devido ao ano eleitoral, um fator importante da economia nacional tem passado em branco, apesar dos alertas constantes de economistas e da admissão do próprio Governo Federal quanto a essa realidade: como as coisas estão,o país não vai conseguir cumprir a chamada “regra de ouro” em 2019. A regra estabelece limites para o endividamento do país, de forma a proteger investimentos.

A regra veta a contração de dívida para pagar despesas correntes do governo, mas com a recessão nos últimos dois anos, o Brasil pode ter que se endividar para manter as despesas em dia. O governo Temer já propôs mudar a regra de ouro, mas devido à intervenção militar no Rio de Janeiro, alterações na constituição não podem ser feitas.

O governo federal precisa entregar em agosto o Orçamento Geral da União, com a previsão do déficit. Com o aumento da dívida pública – que subiu de 0,6% do PIB, antes da crise, para atuais 3,8% – é improvável que o governo consiga apresentar um orçamento que atenda a regra de ouro – e a bomba deve sobrar para o próximo mandato.

Com a queda nas receitas, é inevitável que o governo tenha que fazer cortes – se não os fizer, arrisca criar um ciclo de endividamento prolongado, conforme contrai mais dívidas para sustentar as despesas correntes. Ao mesmo tempo, a maior parte dos cortes que são viáveis significa congelar investimentos públicos no país – o que ameaça o ciclo de recuperação.

Estamos em uma situação em que o país tem que escolher entre a frigideira e o fogo: ou corta gastos e periga estagnar novamente, ou viola a regra de ouro e periga gerar uma bola de neve deficitária. E esse dilema, com consequências desastrosas, deve acabar ficando para o próximo presidente.

 

Zonas azuis…

Com uma participação ativa no poder público de Jaraguá do Sul, a Associação Empresarial de Jaraguá do Sul e a FIESc, por intermédio do SESI, estão dando continuidade para um projeto que visa enquadrar Jaraguá nas chamadas “blue zones”,  com as maiores longevidades da população. Ainda em elaboração, o projeto engloba investimentos em saúde e bem estar. Saindo da presidência da entidade, o empresário Giuliano Donini segue encabeçando o projeto.

A Prefeitura de Jaraguá do Sul  fará no dia 29 de março, às 19h30, na Câmara de Vereadores, uma audiência pública para discutir a Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2019, atendendo as necessidades da Lei de Responsabilidade fiscal. A audiência é aberta a toda comunidade e vai discutir e definir ações com base nos investimentos extraídos do Plano Plurianual vigente.

PANORAMA NACIONAL

John Deere entra no mercado catarinense

A fabricante de maquinário agrícola John Deere – líder mundial no setor – anunciou esta semana sua entrada nos mercados de Santa Catarina e Paraná, representada pela Veneza Equipamentos Sul. Com a entrada nos dois estados, a gigante americana passa a ter presença em 100% do território nacional.

Sobe

Boas novas para o varejo: depois de encolher 0,5% de novembro para dezembro, o varejo brasileiro cresceu 0,9% de dezembro para janeiro, segundo dados do IBGE. O desempenho foi ainda melhor se comparado com janeiro do ano passado, com um crescimento de 3,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, o varejo avançou 2,5%.

Desce

E más notícias para a agropecuária: A estimativa para o valor da produção agropecuária brasileira de 2018 está em R$ 515,9 bilhões, 5,2% menor do que o registrado em 2017, consolidado em R$ 544,2 bilhões. A projeção foi divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nesta terça feira.