Mercado| Quem paga os custos da intervenção?

Por: Pedro Leal

19/03/2018 - 11:03 - Atualizada em: 22/03/2018 - 11:38

Sem conseguir cumprir regra de ouro como está, o governo federal tem acumulado despesas que não é capaz de pagar – e uma das medidas que se encontra ameaçada pelo endividamento da união e o encolhimento da arrecadação é a intervenção federal no Rio de Janeiro.

A medida anunciada no começo do ano pelo presidente Michel Temer vai custar aos cofres públicos – já estressados ao limite – um total de R$ 3,1 bilhões, segundo o que foi solicitado pelo interventor, General Walter Braga Netto, para colocar em dia as despesas . Na segunda-feira, o presidente aprovou um repasse de R$ 1 bilhão para a intervenção. Os outros R$ 2,1 bilhões, segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, são um problema: não há de onde a união retirar estes fundos.

Segundo o Gabinete de Intervenção Federal, do total de R$ 3,1 bilhões, cerca de R$ 1 bilhão seriam usados para o pagamento de pessoal. Aproximadamente R$ 1,5 bilhão seria usado para custeio e investimentos até o fim do ano e R$ 600 milhões para pagar

Segundo Maia, há uma situação fiscal extremamente complicada em andamento, com um orçamento levado ao seu limite com despesas obrigatórias – o que deixa pouco recurso para ser usado em investimentos ou na intervenção. O Rio de Janeiro passa por uma situação calamitosa na segurança pública que já se arrasta há anos – em 2010, 2014 e 2017 as forças armadas também foram acionadas, em grau menor, para lidar com a situação nas favelas – e com a situação orçamentária como está, a violência na capital carioca coloca em cheque o orçamento da União.

Resta saber de onde serão remanejados os  fundos para custear a intervenção – ou se será necessário contrair mais dívida para pagar as despesas.

 

 

Associação empresarial de Schroeder discute desenvolvimento local

A Acis (Associação Empresarial de Schroeder) realiza nesta quinta-feira, dia 22, o II Forum DEL (Desenvolvimento Economico Local), das 19h às 21h, no auditório da associação. O evento conta com palestra sobre o desenvolvimento econômico da cidade de Taió, ministrado pelo prefeito de Taió, Almir Reni Guski, e o presidente da Associação Empresarial de Taió, Leandro Hiendlmayer.

Firmorama lança… cerveja?

 

Celebrando seus 10 anos no mercado, o escritório de branding, design e comunicação de Jaraguá do Sul Firmorama anunciou uma série de ações entre as quais o lançamento de uma…  cerveja. A empresa atuou junto com várias cervejarias, de mega corporações como a Brahma a artesanais como as jaraguaenses Stannis e Maestro – esta última responsável pela Firmorama Weiss, lançada como parte da comemoração da primeira década do escritório.

 

Mais de 240 mil toneladas encalhadas…

Domingo completou uma semana que o terminal graneleiro do Porto de São Francisco do Sul ficou inoperante com o desabamento de uma esteira de carregamento. Desde então, mais de 240 mil toneladas de grãos estão paradas no porto e dez navios aguardam a retomada dos serviços – que deveriam ter recuperado 50% da capacidade no domingo, o que não ocorreu. Em situação normal, o porto opera 30 mil toneladas de grãos por dia. Segundo a gestão portuária, cada navio parado representa um prejuízo de R$ 18 mil por dia e a retomada plena dos serviços pode levar até 40 dias da aprovação das obras pelo governo do Estado.

Panorama Nacional

CNC projeta melhor páscoa em cinco anos

O varejo terá a melhor Páscoa dos últimos cinco anos, com uma movimentação de R$ 2,2 bilhões, com crescimento de 4,5% e geração de 10,6 mil empregos temporários – essa é a expectativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que  nesta terça-feira as estimativas em relação à Semana Santa deste ano, comparativamente à do ano passado, já descontada a inflação do período. No ano passado, o varejo registrou o primeiro aumento no volume de vendas, ao crescer 1,1% em relação a 2016, após acumular perda de 5,2% em 2015 e também em 2016.

Eternit pede recuperação judicial

Outrora uma das maiores fabricantes de telhas do país, a Eternit entrou com pedido de recuperação judicial nesta terça-feira. A empresa acumula R$  228,9 milhões em dívidas e tem perdido mercado desde a proibição da comercialização do amianto em novembro passado – na ocasião, a empresa anunciara sua intenção de substituir o minério por polipropileno em todos os seus produtos até o fim de 2018. Com o pedido, a as ações da empresa recuaram 10% até as 13h de ontem.

 

 

INTERNACIONAL

As cotações em queda desde o começo do mês – de US$ 11.572 no dia 5, a moeda caiu para US$ 8.510 na manhã de ontem – não são o único revés recente da criptomoeda Bitcoin: pesquisadores da universidade de Aachen, na Alemanha, descobriram que o blockchain da moeda – a própria rede que sustenta o Bitcoin – está sendo usada para armazenar cerca de 1.600 arquivos, entre eles listas de links e imagens de pornografia infantil. A Interpol já havia levantado a possibilidade de que o sigilo e a irrastreabilidade do blockchain poderiam ser usados para sediar conteúdo ilegal.