“Mercado espera retração, mas está de olho nas oportunidades”

Por: Pedro Leal

31/03/2020 - 05:03

Devido à pandemia de Covid-19, o mercado financeiro espera por retração da economia brasileira este ano.

De acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de 0,48%.

Na semana passada, a estimativa era de crescimento de 1,48%. Essa foi a sétima redução seguida na projeção.

Segundo o analista financeiro Layon Dalcanali, da Patrimono Investimentos, a preocupação é com o impacto que as medidas econômicas terão em mitigar os impactos da pandemia e das quarentenas.

“A preocupação agora é com o isolamento prolongado, com quais são os reais impactos que vamos ter, depois na retomada. E também da expectativa se as medidas anunciadas pelo governo serão o suficiente para segurar as pontas”, afirma.

No sábado, o ministro Paulo Guedes destacou várias medidas para reduzir o impacto sobre a economia.

Segundo ele, medidas já somam R$ 750 bi, mais de 4,8% do PIB e podem chegar a mais de 5% do PIB. O desafio seria fazer esse dinheiro chegar, de fato, na ponta.

No longo prazo, segundo o FED americano, as quarentenas podem ser benéficas para a economia.

Enquanto isso, alguns setores seletos da economia tem tido um momento propício, mesmo sob as restrições impostas em várias regiões, entre elas Santa Catarina.

Equipamento médico é a resposta óbvia, mas também crescem serviços digitais, delivery e tecnologia em geral.

Resta aproveitar a oportunidade e reconhecer que não somos só nós que passamos por esta situação.

Saque do FGTS

O trabalhador que ainda não fez o saque imediato de até R$ 998 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tem até esta terça-feira (31) para retirar o dinheiro. Caso o saque não seja realizado, todo o dinheiro não sacado retornará à conta original.

Desde setembro do ano passado, a Caixa Econômica Federal está distribuindo dinheiro de contas ativas ou inativas do FGTS. Os recursos foram liberados de forma escalonada até dezembro, num cronograma baseado no mês de nascimento do trabalhador.

O valor usado como referência para o saque imediato é o saldo de cada conta – ativa ou inativa – em 24 de julho do ano passado.

Os trabalhadores com saldo acima de R$ 998 nessa data só podem sacar até R$ 500 por conta de FGTS. Quem tinha contas com até R$ 998 – montante equivalente ao salário mínimo da época – pode sacar até esse valor.

Seminários online

Pensando no cenário de restrições sociais – em vigor no estado até o dia 7 – e na importância de se falar sobre o papel das lideranças para uma boa gestão, a partir do dia 2 de abril (quinta-feira), a Faculdade Senai inicia uma série de seminários online – ou “webinars” – com especialistas que são referência em áreas estratégicas.

A iniciativa tem como objetivo compartilhar informações, gerar insights e apoiar empreendedores e profissionais de todas os segmentos nas tomadas de decisão.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas online.

Celesc cresce 71,8% no ano

O aumento no consumo de energia elétrica em Santa Catarina e os investimentos para manutenção dos indicadores de qualidade foram os principais fatores do resultado positivo no balanço econômico-financeiro do Grupo Celesc, que registrou no ano um lucro líquido de R$ 65,3 milhões no 4º. trimestre de 2019, e R$ 283,6 milhões no acumulado do ano.

O grupo teve um crescimento de 71,8% no ano.

Com o bom desempenho de receitas e despesas e o resultado das participações em transmissão, geração e distribuição de gás natural, foi registrado um EBITDA de R$ 151 milhões no 4º trimestre de 2019, variação positiva de 18,7% no comparativo com o 4º trimestre de 2018, fechando com R$ 724,8 milhões no acumulado do ano.

Trump mantém comércio fechado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prorrogou as diretrizes de permanência em casa até o fim de abril, abandonando um plano duramente criticado para reativar a economia até meados de abril depois que um conselheiro médico graduado disse que mais de 100 mil norte-americanos poderiam morrer com o surto de coronavírus.

O recuo de Trump, que ele disse que será explicado com mais detalhes nesta terça-feira (31), veio no momento em que o total de mortes causadas pela doença respiratória no país superou 2.460 e os casos passaram de 141 mil, a maior cifra do mundo.

 

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