Desemprego cai a menor nível desde 2015, diz IBGE

O desemprego caiu 0,7 ponto percentual no trimestre encerrado em abril, na comparação com o trimestre anterior, e 4,3 pontos percentuais na comparação anual, e fechou o período em 10,5% no País. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na região Sul, o indicador é de 6,5%, enquanto em Santa Catarina é ainda melhor: 4,5%, segundo dados trimestrais.

De acordo com o instituto, esta é a menor taxa para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando a desocupação ficou em 8,1%. O número de pessoas ocupadas chegou ao recorde histórico de 96,5 milhões, a maior taxa da série iniciada em 2012, com um aumento de 1,1% na comparação trimestral. A alta foi de 1,1 milhão de pessoas no trimestre e de 9 milhões de ocupados no ano.

A população desocupada foi estimada em 11,3 milhões de pessoas, uma queda de 25,3% no ano. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, a queda na desocupação vem se mostrando sustentada desde o trimestre encerrado em julho de 2021, com avanços nos setores de transporte, armazenagem e correio, administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

“O grupo administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi impulsionado pelo crescimento em educação, que inclui tanto a rede pública como a privada. Em outros serviços, destaca-se o aumento nos serviços de embelezamento, como cabeleireiros, manicure e esteticista”.

O nível da ocupação, que representa o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 55,8%, uma alta de 0,5 ponto percentual na comparação trimestral e de 4,8 pontos percentuais ante igual trimestre do ano anterior.

Já a força de trabalho, que soma as pessoas ocupadas e as desocupadas, foi estimada em 107,9 milhões de pessoas, um aumento de 0,4% em comparação ao trimestre encerrado em janeiro e de 5,1% frente ao mesmo trimestre de 2021. Este é o maior contingente de pessoas na força de trabalho da série.

IRPF

A Receita Federal do Brasil realizou coletiva com a imprensa na tarde de terça-feira (31) para apresentar os números da declaração do imposto de renda de 2022. Mais de 36 milhões de declarações foram entregues no prazo, segundo o órgão. O destaque do ano foi o crescimento de cerca de 650% do uso da declaração pré-preenchida por meio da plataforma gov.br. Mais de 2,5 milhões de contribuintes iniciaram seus formulários com dados fornecidos automaticamente pela RFB.

Preços

Com o objetivo de facilitar o acesso às informações sobre os preços de combustíveis, a Petrobras lançou na quarta-feira (1º) um novo site onde apresenta de forma didática e com visual mais amigável as parcelas envolvidas na formação dos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha (GLP). O novo site (precos.petrobras.com.br), além de trazer informações sobre a formação dos preços ao consumidor final, possibilita filtrar os valores pela média nacional ou por estados, considerando os impostos estaduais e outras variáveis locais.

 

Cartórios

O plenário da Câmara aprovou na terça-feira (31) uma medida provisória (MP) que unifica sistemas de cartórios de todo o País por meio da efetivação do Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (Serp). O texto foi aprovado ontem no Senado e agora segue para sanção presidencial e inclui várias mudanças na legislação sobre registro de imóveis e registro civil.

Insumos

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado ontem (1º) mostra que a alta dos preços de insumos e de matérias-primas atingiu o setor industrial de modo inesperado em março. Segundo o levantamento, o aumento dos custos de insumos e matérias-primas nacionais superou as expectativas de 71% das empresas, na indústria extrativa e de transformação, e de 73% no caso específico da indústria da construção civil.

Otimismo

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 2,9 pontos de abril para maio deste ano. Essa foi a terceira alta consecutiva do indicador, que atingiu 97,4 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, o maior nível desde outubro de 2021 (100,4 pontos).