“Caixa anuncia nova redução nas taxas do financiamento habitacional”

Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Pedro Leal

16/10/2020 - 05:10 - Atualizada em: 16/10/2020 - 08:21

A partir de 22 de outubro, as pessoas físicas que assinarem contratos novos de financiamento habitacional pela Caixa Econômica Federal no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) pagarão taxas menores.

O banco anunciou na quarta-feira (14) a redução em até 0,5 ponto percentual dos juros, que passarão a variar entre Taxa Referencial (TR) mais 6,25% ao ano e TR mais 8% ao ano, dependendo do perfil do cliente.

A medida vem em um cenário de queda na confiança e no poder aquisitivo do brasileiro, afetado tanto pela perda de renda com o emprego limitado quanto pela desvalorização do real, e deve ajudar a estimular o mercado imobiliário em um momento de sensibilidade.

O banco estima conceder mais de R$ 14 bilhões em crédito imobiliário pelo SBPE, que financia imóveis para a classe média com recursos da poupança, até o fim deste ano.

Nos últimos 22 meses, a Caixa reduziu os juros nos financiamentos da casa própria em 2,5 pontos percentuais. Em dezembro de 2018, o mutuário pagava TR mais 8,75% ao ano, como menor taxa.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, apresentou o impacto da medida em uma simulação de financiamento de R$ 200 mil em 360 meses (30 anos) na taxa mais barata oferecida pelo banco.

A prestação inicial, que somava R$ 1.958,48 para financiamentos concedidos em dezembro de 2018, foi reduzida em 25%, para R$ 1.568,52, nos futuros contratos a partir do dia 22.

Nas linhas de crédito corrigidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que cobram IPCA mais 2,95% ao ano, a diferença é maior.

Beneficiada pela baixa inflação em 2020, a prestação inicial para os novos contratos está em R$ 1.040,70, redução de 46% no valor da parcela em relação aos financiamentos concedidos em dezembro de 2018.

Guimarães também anunciou a prorrogação da possibilidade de carência de seis meses para que o mutuário comece a pagar as prestações dos novos contratos imobiliários.

Levmed

Os hospitais São José e Hospital e Maternidade Jaraguá lançam, nesta quinta-feira (15), a operadora de saúde Levmed, seguindo um modelo de associativismo já cimentado na cidade.

A Levmed nasce com o propósito de promover o acesso à saúde para os colaboradores das empresas da microrregião de forma descomplicada, com qualidade e com base na sustentabilidade.

O plano de saúde da Levmed é voltado para pessoas jurídicas, ou seja, tem como principal foco atender colaboradores de empresas instaladas nos municípios de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Corupá, Schroeder e Massaranduba.

Confiança em queda

A confiança dos empresários brasileiros recuou 1,1 ponto na prévia de outubro deste ano, na comparação com o número final de setembro, e chegou a 96,4 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos.

Também houve uma queda na confiança dos consumidores no período: redução de 3,9 pontos para 79,5 pontos.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (15) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre os empresários, foram observadas quedas nos setores de comércio (-5,1 pontos) e de serviços (-1,4 ponto).

A confiança da construção manteve-se estável, enquanto a indústria teve alta de 5,4 pontos e atingiu 112,1 pontos, o maior valor desde março de 2011 (112,5 pontos).

Atividade econômica

A atividade econômica brasileira registrou alta em agosto, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Banco Central (BC).

É o quarto mês consecutivo de crescimento, após as quedas nos meses de março e abril, devido às medidas de isolamento social necessárias para o enfrentamento da pandemia de covid-19.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), dessazonalizado (ajustado para o período), apresentou expansão de 1,06% em agosto, em relação a julho.

O resultado positivo dos últimos quatro meses, no entanto, não reverte uma tendência negativa desde o ano passado, agravada com a pandemia.

Na comparação com julho de 2019, houve queda de 3,92% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). Em 12 meses encerrados em agosto, o indicador também teve queda de 3,09%. No ano, o IBC-Br ficou negativo em 5,44%.

 

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