Depois de um dia de incertezas e flutuações no mercado ante o julgamento do pedido de Habeas Corpus do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva junto ao Supremo Tribunal Federal, o mercado reagiu com tranquilidade e crescimento após a rejeição do pedido. Na data do julgamento, o índice bovespa chegou a registrar queda de 2% antes de se recuperar ao longo da tarde e encerrar o dia em queda de 0,39%. Na manhã seguinte ao julgamento, a movimentação era contrária: por volta das 10h20, o ibovespa registrava alta de 1,87%, mantendo-se em alta ao longo da manhã, embora menos expressiva. Por volta do meio-dia, a alta havia diminuído para 1,75%, marcando 85.834 pontos. A cotação do dólar seguiu tendência similar: fechando o dia do julgamento com a maior cotação desde maio de 2017, a moeda americana abriu a quinta-feira com queda de 1%, voltando a casa dos R$ 3,30. A valorização do Real seguia tendência contrária à das moedas de outros países emergentes, que operavam com leve queda. Representantes das entidades empresariais de Jaraguá do Sul parabenizaram a decisão do STF. Para o presidente da Acijs, Anselmo Ramos, a rejeição do Habeas Corpus de Lula dá segurança jurídica ao país, seguindo a via democrática. "Independente das várias opiniões o que prevalece é a certeza de que a decisão foi tomada pela via democrática. Ficou clara a defesa do habeas corpus utilizando-se argumentações com base em teorias e fundamentações das escolas do direito, em contraponto aos ministros que negaram este instrumento utilizando o senso prático dos processos, onde as apelações e recursos levados ao STF têm, na esmagadora maioria das vezes, apenas o caráter protelatório", disse. O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas, Gabriel Seifert, julga que a não concessão do Habeas Corpus indica que a impunidade começa a se distanciar do país. "Porém, o caminho é mais longo do que parece. O sentimento que essa decisão nos passa, hoje, é a confiança de que ser honesto no país ainda vale a pena", comentou. Vendas da indústria catarinense sobem 12,7% As vendas reais da indústria catarinense no primeiro bimestre aumentaram 12,7% em relação ao mesmo período de 2017, segundo  dados da pesquisa Indicadores Industriais da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), divulgada nesta quarta-feira. O segmento com mais crescimento foi o de vestuário: 36,3%. Só dois setores tiveram queda: informática, com 0,19%, e produtos de borracha e plástico, com 1,8%. PANORAMA NACIONAL BRF anuncia mais 3,5 mil férias coletivas A BRF anunciou férias coletivas de 30 dias para mais 3,5 mil funcionários nas fábricas de Rio Verde (G)  e Carambeí (PR). O anúncio eleva o total de empregados afetados por medidas de ajuste de produção para 7 mil, com as medidas nas unidades de Capinzal (SC) e Mineiros (GO). Além da BRF, a Aurora Alimentos divulgou no final de março que vai dar férias coletivas em fábricas em Santa Catarina, citando "difícil momento vivido pelo setor no Brasil". As medidas vem em resposta a interrupção de exportações para a União Européia, em decorrência da operação Carne Fraca. Projeto de lei regulamentando criptomoedas entra em tramitação Está tramitando Projeto de Lei nº 2.303/2015, para regulamentar as criptomoedas e os programas de milhagem de companhias aéreas, incluindo-os no conceito de “arranjos de pagamento” do Banco Central. Em novembro, o Banco Central julgou desnecessária a regulamentação das criptomoedas no presente momento, por não ver nada que pusesse em risco a estrutura financeira nacional. Ministério Público abre inquérito contra a Vivo O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou na terça-feira, 3, inquérito civil público contra a Vivo, acusando a tele de um possível uso e tratamento ilegal de dados pessoais de clientes. Segundo o MP, o inquérito vai apurar como a operadora Vivo tem utilizado as informações de cerca de 73 milhões de usuários para fins de publicidade. O serviço é oferecido aos anunciantes por meio do Vivo Ads, plataforma de marketing para dispositivos móveis da companhia. Cancelado O Ministério do Trabalho e Emprego faria ontem o lançamento das ações de Políticas Públicas de Emprego para o 1° semestre de 2018. O lançamento das medidas foi cancelado e não há previsão para a nova data.