A que ponto ainda vamos chegar

Por: Elissandro Sutil

23/04/2016 - 04:04

Na coluna do último fim de semana, escrevi que as previsões indicavam que o impedimento da presidente Dilma Rousseff seria aprovado na Câmara dos Deputados. E assim também será no Senado. Não há mais clima para o atual governo. Dilma não conseguiu governar desde que foi reeleita e assim vai persistir até o fim. Ela é vítima dos seus próprios erros, dos erros de Lula e do PT, de uma campanha eleitoral mentirosa em muitos aspectos e também de uma oposição rancorosa e conservadora como nunca.

E apesar da expectativa de uma melhora na economia do país com a mudança de governo, reitero o que já escrevi: O Brasil sai desse episódio sem vencedores pelo menos até que tenha coragem de mudar de verdade, ir a fundo. Quem viu a votação no Congresso domingo se espantou. E pior do que está pode ficar. Em nome da limpeza contra a corrupção, o Brasil será entregue a Michel Temer e Eduardo Cunha, ambos acusados de receber propina da Lava-Jato. Já se fala até em perdão a Cunha pelos seus crimes. Pois há de se admitir que foi ele o grande mentor e executor da derrocada de Dilma/Lula/PT.

Voto em nome de Deus e da família foi o que mais se viu. Assim como um festival de erros de concordância e uma demonstração da falta de estrutura política/ideológica dos parlamentares. E quem diz que eles são a representação do povo deve se questionar, pois não é bem assim. O sistema eleitoral brasileiro deixa tudo confuso. Dos 511 deputados que participaram da votação do impeachment, apenas 34 tiveram votos suficientes para se elegerem sozinhos, mostra levantamento do Congresso em Foco. Os outros 477 chegaram lá pela soma dos votos recebidos pelo partido ou por outros candidatos de suas legendas ou coligações, eleitos ou não. E é esse sistema que precisa mudar, ou veremos tudo continuar como está.

* * *

Nova campanha

Depois da campanha ‘Falar bem de Guaramirim faz bem a Guaramirim’, a Câmara lançou o mote ‘Todo vereador é seu vereador!’. A iniciativa tem o objetivo de promover a conscientização para uma maior participação da comunidade nas sessões da Casa. Segundo o presidente, Evaldo João Junckes (PT), o Pupo, o intuito é trazer a população para dentro da política. “Queremos que o eleitor acompanhe o trabalho do vereador, afinal, como diz a própria campanha, todo vereador é seu vereador, ou seja, representante do povo. Gostaríamos que a população participasse das sessões cada vez mais com ideias e cobranças”, explica.

* * *

Palestra na Câmara

O coordenador da Coordenadoria do Orçamento Estadual da Assembleia Legislativa, Adilor Guglielmi, dará uma palestra na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul na próxima quinta-feira, às 10 horas. Guglielmi irá explanar sobre as modificações que poderão ocorrer na Lei Complementar 157, de 9 de setembro de 1997, e de todo o processo orçamentário público. As propostas visam alterações a partir da edição da Emenda Constitucional 70, que tornou impositiva a execução da programação constante da lei orçamentária, relativa às prioridades estabelecidas nas audiências públicas regionais.

* * *

Eleitorado  

O eleitorado cresceu 6% de 2012 para cá (106 mil para 112 mil). Na média, 71% dos moradores de Jaraguá do Sul são eleitores, abaixo do índice nacional de 80%. Segundo o chefe de cartório, Eduardo Arbigaus, muita gente vem trabalhar na cidade, mas não transfere o título. A estimativa é de que até 4 de maio o município tenha um eleitorado formado por cerca de 115 mil pessoas.

* * *

‘No momento não’ 

Essa foi a resposta que a repórter do OCP, Kamila Schneider, recebeu para três das quatro perguntas que fez para o governo do Estado, através da assessoria de imprensa da ADR, sobre a situação dos hospitais de Jaraguá do Sul. Em resumo, não há perspectiva de que o governo vá aumentar o teto dos atendimentos, e nem solucione em um curto espaço de tempo o atraso nos repasses, que somam mais de R$ 5 milhões.

LEIA A COLUNA COMPLETA NA VERSÃO DIGITAL DO JORNAL O CORREIO DO POVO