“Saiba o que pensam os candidatos ao Senado em Santa Catarina – Parte 2”

Por: Elissandro Sutil

30/08/2018 - 10:08 - Atualizada em: 31/08/2018 - 10:14

A coluna Plenário dá continuidade às entrevistas com os 14 concorrentes a uma vaga no Senado. Ontem, foi a vez de Paulo Bauer (PSDB), Lédio Rosa (PT), Miriam Prochnow (Rede) e Roberto Salum (PMN). Hoje, Pedro Cabral Filho (PSOL), Ricardo Lautert (PSTU), Andreá Luciano Carvalho (PCO) e Raimundo Colombo (PSD) dizem o que pensam sobre temas como fundo eleitoral e verba de gabinete.

Pedro Cabral Filho (PSOL)

Professor do ensino fundamental, foi candidato a vereador em Florianópolis em 2016, obtendo cadeira como suplente.

Principais bandeiras

Enquanto candidato ao Senado me comprometo com as seguintes propostas: lutar para a manutenção da soberania nacional; defender o socialismo com democracia, como princípio estratégico na superação da ordem capitalista; reivindicar para a luta imediata as bandeiras históricas para além da ordem.

 

Irei apoiar a redução imediata da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução dos salários. Propor estratégias para que o progresso tecnológico seja utilizado a serviço da criação de postos de trabalho.

Reforma política

É preciso que o povo brasileiro participe ativamente deste debate, e não somente os envolvidos na discussão, ou seja, os políticos e partidos com mandato Legislativo.

Reforma previdenciária

Somos contra, pois um Estado forte, não tem problemas com previdência.

Limite de gastos de gabinete

Como atender as demandas vindas da sociedade sem investimentos? Penso que a discussão é outra. Como são gastos os investimentos públicos e como funcionam as instituições que devem fiscalizá-los.

Aumento salário do Judiciário

Servidores públicos deveriam ter o mesmo salário que os demais, ou seja, plano de carreira e salário. Não sou contra o salário do judiciário, mas tenho a certeza de que para titulação igual, salário igual.

Fundo eleitoral

Entra na questão da reforma polícia: tudo nela é viciado, a começar pela distribuição das verbas e as possibilidades de ampliação das bancadas, pois como crescer com tempo de TV exíguo, sem dinheiro?

Ricardo Lautert (PSTU)

Professor da rede estadual catarinense. É formado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especialista em Gestão Escolar. Concorreu a vereador no município de Joinville em 2016, obtendo 56 votos.

Principais bandeiras

Cobrança dos tributos de grandes empresários e bancos. Revogação das reformas feitas pelos últimos governos, (trabalhista, terceirização, reforma do ensino médio).

 

Fim do Senado e construção dos conselhos populares  nos  bairros, fábricas  e escolas que decidirão a política para nosso país. Combate ao machismo, racismo e LGBTfobia. Reestatização das empresas privatizadas. Por uma revolução socialista.

Reforma política

Fim dos financiamentos privados de campanha. Enquanto esses sistema eleitoral existir precisamos garantir o mesmo tempo de rádio e TV para todos os partidos.

Reforma da Previdência

Somos contrários a qualquer reforma da previdência que retire direitos dos trabalhadores. Inclusive defendemos a revogação da reforma previdenciária feita por Lula 2003.

Limite de gastos do gabinete

Parlamentar não é profissão. Defendemos o fim dos privilégios, de auxílios. As decisões devem passar pelos conselhos populares com mandatos revogáveis a qualquer momento, com salário de um operário médio.

Aumento do salário do Judiciário

Fim dos altos salários para alto escalão e fim dos privilégios. Defendemos que sejam feitas eleições para juízes.

Fundo eleitoral

Cada partido deve sobreviver  cotidianamente  com  sua arrecadação  de militantes  e simpatizantes. Fundo eleitoral público, sem abusos, para todos os partidos divididos igualmente para que o poder econômico não influencie na disputa.

Andreá Luciano Carvalho (PCO)

Andreá tem 46 anos e é comerciária. Natural de Criciúma, é a primeira vez que disputa uma eleição. É filiada ao PCO desde janeiro deste ano, depois de ter sido filiada ao PT por mais de 20 anos. 

Principais bandeiras

A principal bandeira deste momento é a bandeira da luta contra o golpe. Toda e qualquer mudança que seja em benefício da classe trabalhadora não será alcançada sem derrotar o golpe de estado no país que começou no impeachment da presidenta Dilma e agora na farsa jurídica da prisão do ex-presidente Lula, líder absoluto nas pesquisas presidenciais, e representante pleno dos mais pobres, trabalhadores, que mais foram atingidos nesta primeira etapa do golpe, que visa impor uma política de recessão contra os trabalhadores.

Reforma Política

Os trabalhadores devem derrotar o golpe, do contrário, uma reforma política seria orquestrada pelos golpistas que já atuam no cenário político esmagando o povo.

Reforma da Previdência

Uma propaganda burguesa para assaltar do povo a suada contribuição, enquanto o setor privado recebe perdão do estado por sonegar seus impostos.

Limite de gastos de gabinete

Uma farsa para prejudicar os partidos menores enquanto os partidos patrocinados pelos banqueiros usam de outras formas o dinheiro público para agir contra o povo.

Aumento salário do Judiciário

Um abuso contra os trabalhadores. Após o golpe o orçamento dos serviços públicos foram congelados por falta de dinheiro, porém, uma camada parasitária aumentou o próprio salário.

Fundo eleitoral

Um recurso necessário para a luta política, em essencial para os partidos que não são financiados pelo grande capital, e representam os trabalhadores.

Raimundo Colombo (PSD)

Já foi prefeito de Lages, sua cidade natal, senador, vice-governador e governador de Santa Catarina. Também foi deputado federal e deputado estadual.

Principais bandeiras

Pretendo me dedicar às reformas estruturais, porque a situação do Brasil é grave, principalmente sob o ponto de vista fiscal. As reformas são decisivas para o futuro do país. Esse é o primeiro compromisso.

 

Outro ponto que pretendo me dedicar é em relação à injustiça como Santa Catarina é tratada em Brasília. Somos o sétimo estado que mais paga impostos federais e o 22ono retorno. De cada R$ 4 que nós pagamos de impostos federais, apenas R$ 1 retorna para o Estado.

Reforma política

Defendo e pretendo lutar pelo voto distrital misto e em lista que é um modelo que na Alemanha produz um resultado extraordinário.

Reforma da previdência

A reforma da previdência é obrigatória. Os brasileiros estão vivendo mais. É preciso que as pessoas se aposentem mais tarde. A prioridade é a previdência pública.

Limite de gastos de gabinete

Não sei qual é o valor de gastos de gabinete, mas acho que todo o gasto no setor público precisa ser dimensionado para poder ajustar.

Aumento de salário do judiciário

O aumento dos salários do Judiciário está vindo em um momento equivocado e de forma errada. Não tem como o setor público ou qualquer um dos poderes aumentar os seus ganhos.

Fundo eleitoral

O fundo eleitoral é uma estratégia, uma experiência nova de um modelo que estava em vigor e que ninguém mais quer. Essa é uma estratégia que depois da eleição deve ser avaliada.

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