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O que esperar dos novos vereadores

Por: Elissandro Sutil

07/10/2016 - 21:10 - Atualizada em: 07/10/2016 - 21:23

Os últimos quatro anos foram de polêmicas políticas e de condutas na Câmara de Vereadores. Traições, infidelidade partidária e ideológica. A oposição foi irresponsável diversas vezes como quando rejeitou o financiamento de R$ 8 milhões para obras de pavimentação e modernização do sistema. Três vereadores se envolveram em episódios lamentáveis. Jocimar Lima (PSDC) chegou a ter uma assessora presa, a quem acusou de ameaçá-lo. Ela, por sua vez, prestou denúncia de extorsão contra ele. Jeferson Oliveira (PSD) teve uma conversa de Whatsapp divulgada em que dava a entender que conseguiria apoio para o Juventus em troca de um percentual da verba.

E José de Ávila (PSC) foi condenado, em processo transitado em julgado, por venda ilegal de medicamento e agora está na mira de uma comissão processante. Nenhum deles foi reeleito, Ávila nem pode se candidatar. Além disso, gastos exorbitantes com celular, viagens e cursos para assessores em tempos de crise, a tentativa de comprar terreno e nova sede. Alguns vereadores insistiam em não ouvir a comunidade, como se o mandato outorgado pelas urnas os fizessem uma espécie de deus todo poderoso. E deu no que deu.

Apenas quatro vereadores foram reeleitos, Natália Petry (PMDB), Ademar Winter (PSDB), Eugênio Juraszek (PP) e Arlindo Rincos (PP), mais Pedro Garcia (PMDB), que ocupou a cadeira de suplente no Legislativo durante quase todo governo Dieter Janssen.

A partir de janeiro de 2017, outros seis parlamentares vão representar a comunidade na Câmara. Pela primeira vez, um cadeirante, Rogério Jung (PMDB), vai dar voz, não só, mas em especial, a um segmento que enfrenta muitas dificuldades. Outro novato, Ronaldo Magal (PSD), é um microempresário, que promete lutar pela desburocratização e pela ‘dignidade’ do povo. Marcelindo, do PTB, é servidor concursado da Secretaria de Obras, um líder comunitário que entende as dificuldades da população, assim como Celestino Klinkoski (PP), efetivo da Fujama. Dico Moser volta à Câmara, ocupando a segunda vaga do PSDB.

Ele tem uma empresa de alimentação e experiência na vida pública. E, ainda, Anderson Kassner (PP), o recordista de votos, que atuou a maior parte da vida na iniciativa privada e nos últimos quatro anos trabalhou no Samae. O que a comunidade espera dos parlamentares que assumem a próxima legislatura é responsabilidade, atuação em prol do interesse coletivo, bom senso, ética e respeito ao dinheiro público. E, que não esqueçam, que daqui a quatro anos, todos passarão por uma nova avaliação.

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Reformulação geral no PSDB

Mais do que a mudança de presidente, o PSDB deve promover uma troca de toda a executiva e diretório. As conversas iniciam na próxima semana. Para uma ala, a decisão de se coligar com o PSD foi impensada, já que a sigla vinha conversando com PMDB e PP ao longo de 2016.

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Futuro de Pedri

Jair Pedri (PSD) deve assumir a Agência Regional depois do fim do seu mandato de vereador. Foi ele quem indicou o advogado Leonel Floriani tanto para o cargo quanto para presidência do partido. “Não sei meu futuro ainda. Mas vou continuar na vida pública”, disse ele à coluna sobre a possibilidade.

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Herança positiva 

Natália Petry (PMDB) avalia que Dieter Janssen (PP) vai deixar marcas importantes ao fim do seu governo. “O Dieter mudou o paradigma político em Jaraguá do Sul. Foi um prefeito ético, democrático e transparente. A Câmara não teve nenhuma dificuldade de conseguir informação. O que alguns vereadores fizeram foi oposição irresponsável”.

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Briga jurídica

Dávio Léu (PSD) diz que não acredita na possibilidade de acontecer nova eleição em Massaranduba, isso porque, lembra ele, os votos de Armindo Sesar Tassi (PMDB) foram considerados nulos e não anulados.

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP