O prefeito eleito Antídio Lunelli (PMDB) tem se dedicado a avaliar os números da Prefeitura e colher informações sobre o cenário econômico e de pessoal. A transição tem ocorrido até agora de maneira informal, mas dois secretários devem ser nomeados para comandar o processo. Segundo Lunelli, tudo leva a crer que o início de governo deve contar com uma estrutura enxuta, com o mínimo possível de cargos comissionados e com o máximo aproveitamento do pessoal de carreira.
“Fui eleito para fazer o melhor, temos que fazer uma gestão competente e justa”, disse ontem à coluna enquanto se preparava para mais uma reunião com aliados. O caixa é a maior preocupação, por isso, a intenção do empresário é fazer os ajustes necessários já na largada da administração. “Dinheiro não dá em árvore. O sistema precisa mudar”, defende. Com esta expectativa, Lunelli prefere ainda não falar nos nomes que comporão o governo.
Fröhlich e Chiodini reúnem equipes
Em Guaramirim, o processo de transição começou oficialmente ontem. Na foto, a primeira reunião entre o prefeito Lauro Fröhlich (PSD) e o eleito Luiz Antônio Chiodini (PP) e suas equipes. A comissão é formada por Jiuvani Assing, Jair Tomelin, Sandro Antonius e Nivaldo Tomaselli. Fröhlich tem ressaltado a importância de o processo ocorrer com total transparência.
Relatório foi entregue, mas votação é dúvida
A imprensa não teve acesso, mas Arlindo Rincos (PSD) protocolou ontem relatório indicando a continuidade dos trabalhos da comissão processante contra o presidente da Casa, José de Ávila. A expectativa é de que o conteúdo vá à votação na sessão de hoje à tarde. Mas novas manobras do grupo aliado a Ávila, que incluem Rincos e Jeferson Bordados, presidente e relator da comissão, podem adiar a decisão.
Nos corredores da Câmara, a negociação é grande. Todo desenrolar da comissão está sendo cercado por dúvidas. Nem mesmo o cronograma de trabalhos tem sido detalhado com a transparência necessária. Só o fato de o presidente continuar no comando da Casa enquanto o processo contra ele se desenrola já coloca em dúvida a seriedade e autonomia necessárias.
Ciclovia do Trabalhador
O governo Dieter Janssen luta contra o tempo para tentar aprovar o projeto da Ciclovia do Trabalhador. O percurso terá 9,5 quilômetros de extensão, cortando a cidade de Leste a Oeste. É preciso de autorização da ALL e ANTT.
“Adote um vereador”
Ontem, na plenária da Acijs e Apevi, o presidente do Centro Empresarial Giuliano Donini recebeu os vereadores eleitos e apresentou a campanha “Adote um vereador”, uma iniciativa que busca aproximação dos parlamentares que vão compor o novo Legislativo com a comunidade. A campanha é uma forma de incentivar que os eleitores acompanhem o trabalho dos parlamentares.
“Mesmo que o candidato que inicialmente tinha a preferência do eleitor eventualmente não tenha sido eleito, é muito importante que todos tenhamos entre os eleitos os nossos representantes, porque quem ganha é a cidade como um todo”, pontuou o presidente.
Novas obras
Tendo como prioridade entregar o maior número de obras de pavimentação até dezembro, o prefeito Dieter Janssen (PP) assinou ontem a ordem de serviço para pavimentação das ruas Alvin Meier, no bairro Jaraguá 99, e JGS 493, na Barra do Rio Cerro II. A empresa Paviplan foi a vencedora da licitação para fazer a obra das duas ruas, que devem começar ainda esta semana. Os recursos somam cerca de R$ 800 mil.
EM FOCO
Das reuniões que aconteceram na semana passada entre o vice-prefeito eleito, Udo Wagner, o presidente do PP, Ademir Izidoro, e a futura chefe de gabinete, Emanuela Wolff (PMDB), com os secretários municipais, a ideia é que Antídio Lunelli (PMDB) assuma em janeiro já com um novo organograma.
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Cotado em todas as bolsas de aposta como diretor de Comunicação, Elias Raasch pode não assumir o cargo. Depois de vencer quatro eleições consecutivas, Raasch é cotado para participar da campanha ao governo do Estado em 2018.
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Natália Petry (PMDB) diz que está à disposição do PMDB tanto para ficar na Câmara de Vereadores quanto para compor o governo. Ela é citada como possível secretária de Assistência Social, Educação, ou então presidente da Fundação Cultural, Esporte e Turismo, que tendem a ser unificadas.
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Outro nome tido como praticamente certo no governo Antídio Lunelli é o do presidente do PP, Ademir Izidoro.
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Além de conversar sobre secretariado, PMDB e PP começam a planejar a composição da Mesa Diretora
da Câmara pelos próximos quatro anos. Com sete parlamentares da base, o
risco de traição é pequeno.