Ao assumir ontem uma das mais importantes e complicadas secretarias do Estado, Vicente Caropreso (PSDB) se comprometeu em modernizar a gestão do setor e combater os principais problemas, como o atraso no repasse aos hospitais públicos e filantrópicos. De um lado, lideranças locais comemoraram a nomeação de um jaraguaense para o posto, de outro, a preocupação é com a falta de representatividade a que Jaraguá do Sul será submetida a partir de agora na Assembleia Legislativa.
O tempo é curto e os recursos são limitados, mas Caropreso sabe disso e decidiu apostar alto ao aceitar o chamado de Colombo. No discurso de posse, não escondeu a emoção. “O seu convite tocou profundamente o meu coração, que, apesar de já ter sofrido alguns abalos, não me deixou quieto até o sim. Sou um ser inquieto e a possibilidade de comandar a Saúde me deixou ainda mais”, disse para uma plateia repleta de lideranças da região que foram à capital o prestigiar.
O desafio
O maior desafio de Caropreso será fazer uso racional dos recursos da área, fato que ele destacou na posse. No discurso, o jaraguaense lembrou a necessidade de dar mais eficiência aos 13 hospitais públicos do Estado, que hoje ficam com quase a metade do orçamento da pasta, neste ano estimado em RS 3,2 bilhões. A saída será a mudança na forma de gestão.
Novas nomeações
Foram publicadas no Diário Oficial do Município ontem as nomeações de Luís Fernando Almeida (PP) para Diretoria de Habitação, Celso Fritzen, como diretor Administrativo e Financeiro, e Niura Demarchi dos Santos, como diretora de Saúde.
Auditoria na folha
O Diário Oficial de ontem também trouxe portaria do prefeito Antídio Lunelli que instaura uma comissão especial que será responsável por fazer uma auditoria na folha de pagamento de todos os servidores. Qualquer documento solicitado pela comissão terá que ser entregue em 24 horas. O grupo terá que apresentar relatório final apontando supostas irregularidades em um prazo de 60 dias.
Uniforme é dúvida
O novo secretário de Educação de Jaraguá do Sul, Rogério Jung (PMDB), ainda não sabe dizer se a Prefeitura irá distribuir uniformes para os alunos da rede municipal este ano. Segundo ele, que era diretor financeiro da pasta na gestão passada, o orçamento é enxuto e apenas uma reserva de 3% para famílias carentes está garantida. A estimativa é de que seriam necessários de R$ 800 mil a R$ 1 milhão para aquisição.