“Seu método de consumir notícias é saudável?”

Por: Nelson Luiz Pereira

24/05/2021 - 21:05 - Atualizada em: 24/05/2021 - 21:40

Não há como ignorar, o mundo da comunicação se tornou multiplataforma e a granel. Há algumas décadas, você esperava chegar as notícias. Agora as ‘zilhões’ de notícias esperam pelo seu clique. A pergunta é: você tem um método ou disciplina para consumi-las? Ou você é dos que decide dar aquele fast look e, quando se deu conta, ficou rolando a tela por duas horas pescando coisas ruins?

Na Rede OCP de Comunicação, temos o cuidado de monitorar e analisar como nossos conteúdos são consumidos. Na medida que buscamos otimizar nossa audiência, queremos entendê-la. Temos plena convicção de que as bad news são, disparadamente, as que mais geram views, engajamento e monetização. Mas, também temos consciência de que a obsessão por notícias ruins é prejudicial à saúde.

Exploramos estudos sobre o motivo pelo qual o ser humano tende ao viés de negatividade ao consumir informação. Até onde já estudamos, descobrimos que traços genéticos de nossa ancestralidade, trazem no inconsciente, da maioria das pessoas, o instinto de alerta às ameaças. Oras, notícias ruins sugerem ameaças, que por sua vez, chamam a atenção.

É com essa percepção que sustentamos nossa linha editorial, ancorada em princípios éticos norteadores. Entre a ocorrência do fato negativo e a publicação da notícia, há, nesse interim, uma análise crítica por parte do comitê editorial, envolvendo, necessariamente, check fact e empatia. Mesmo que legítima, precisamos saber o que, como, porque daremos a notícia, qual impacto desta sobre o envolvido, e como seria esse impacto se os envolvidos fossemos nós.

Asseguramos que os olhos atentos de nossos leitores, não captarão conteúdos sensacionalistas em nossas páginas impressas e online. Muito além de noticiar, temos o propósito de servir a comunidade, e audiência a qualquer custo não serve. Óbvio que o mundo não é feito só de boas notícias, como não há jornal que sobreviva somente com notícias positivas. Entretanto, sustentamos que é plenamente possível e sadio, pautar a comunidade com todas as notícias, porém, perseguindo uma linha positivo construtivista, promovendo o progresso social.