“Igualdade de gênero? Talvez lá em Marte!”

Por: Nelson Luiz Pereira

07/03/2021 - 12:03 - Atualizada em: 07/03/2021 - 12:46

Na segunda-feira (8) comemoraremos o Dia Internacional da Mulher. Ops… melhor dizendo: a próxima segunda-feira será o dia dedicado às mulheres do mundo inteiro. Ainda tá soando clichê. Vamos lá: instituiu-se, mundialmente, o 8 de março como o dia da desigualdade de gênero. Agora me parece mais original. Certamente a forma de identificar essa data, “dia internacional da mulher”, foi ideia deles. Seria uma mea-culpa pela inferioridade delas? Até nisso eles erraram.

Tenho sustentado que do pouco que sei, e do muito que busco compreender sobre a mulher, já captei que o que ela espera do homem é liberdade, respeito e admiração. Do contrário, tchau. Por outro lado, quando vejo algumas empoderadas, mas desorbitadas, defenderem que a mulher tem sim, que ser submissa ao homem, porque está escrito na Bíblia, sinceramente, perco o controle de meus esfíncteres. No Brasil, onde o Estado patriarcal reduz as mulheres, o abismo da desigualdade ainda é significativo.

Avançamos sim, em alguns direitos, mas são pífias as conquistas em quesitos importantes como, participação da mulher na política e, sobretudo, proteção. Sem ignorar o clássico paradoxo: apesar de elas serem comprovadamente mais escolarizadas do que eles, representarem praticamente a metade da população economicamente ativa, serem mais produtivas, possuírem cientificamente mais sensibilidade e habilidade em liderança, sua remuneração média é 30% inferior à deles. Quem sabe um recomeço em Marte, desde que elas cheguem primeiro?

Bem, mas o que eu registrei até aqui, eles estão carecas de saber. Então, parafraseando a antenada Martha Medeiros, vou alerta-los para algo que poucos sabem, ou despistam: Elas ligaram o foda-se brother. A liberdade de ir e vir não é mais só deles. A pia não é mais só delas. Ela curte tatuagem ele a reprova? Tchau. Se liga mané, elas se vão, sem dar satisfação.

Ou, se restou um ‘tiquinho’ de consideração por ele, é possível que ela até deixe um bilhetinho (um whats, vai) do tipo: “a vida é muito curta pra ser pequena… Fui”. E se isso o feriu a honra, então ele é mala mesmo. Merece que ela meta o pé na bunda. Ops… quis dizer: que ela meta o pé na estrada. Mulheres, nessa luta de igualdade de gênero, estou do lado de vocês.