“A sétima arte avança em Jaraguá do Sul”

Por: Nelson Luiz Pereira

28/06/2020 - 16:06 - Atualizada em: 29/06/2020 - 13:44

O 3º Festival de Cinema de Jaraguá do Sul, encerrou-se neste sábado (27), consolidando mais uma etapa na missão de transformar nossa cidade num polo estadual de produção audiovisual.

Esta 3ª edição, circunstancialmente, realizada no formato online, nos revelou grandes oportunidades. O índice de audiência e tempo de permanência nas plataformas do Festival, que deverá registrar, nos três dias de exibições, algo próximo a 10 mil acessos, nos dá a certeza de que a próxima edição será no formato híbrido, online e presencial.

Desde a 1ª edição temos evidenciado que a gênese do nosso Festival de Cinema é democrática, coletiva e pluralista, envolvendo um rol de atividades experimentais como, produção, direção, edição, fotografia, figurino, maquiagem, roteiro, música, sonografia, cinematografia e outras, ao longo de cada ano, reservando um momento pontual para exibição e premiação das melhores produções.

Este é nosso modelo estrutural peculiar, pensado para nossa realidade jaraguaense.

Por isso, transitamos por escolas, universidades e entidades das mais variadas áreas, enxergando nesse modelo, um meio de promover o “empreendedorismo cultural” e a educação.

Embora tenhamos os ‘céticos-ultra-carolas-da-ortodoxia-eclesiástica’, que torcem o nariz para a indústria cinematográfica brasileira, sustento a ideia de que o cinema tem a capacidade de penetrar no âmago da realidade e da subjetividade, dialogando com a literatura, com a música, com a arte, retratando as mazelas, dramas e conquistas sociais.

Ele possui, sobretudo, uma estreita relação com a educação, já que as imagens e os estímulos audiovisuais, influenciam o imaginário das pessoas, estimulando novas perspectivas de visão da realidade.

O documentário experimental “Simplesmente Bella”, que captou o impressionante e encantador mundo da pequena Isabella Lux, 11 anos, deficiente visual, é uma prova disso.

Esta produção local provoca uma reflexão sobre a inclusão, revelando a carência de literatura em braile em nossas bibliotecas e escolas, bem como, a inexistência de um censo atualizado sobre os deficientes visuais e suas condições.

Em tempo, o Instituto FESCINE aceita doações de literaturas em braile (contato: Whatzapp – 98841.5576). Longa vida ao Festival de Cinema de Jaraguá.