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Viver é uma viagem – Leia a coluna de Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

15/11/2022 - 08:11 - Atualizada em: 15/11/2022 - 08:57

Coisinha difícil é viver. Viver bem. Viver é uma coisa, viver bem é outra. No canal Travel, um canal de viagens, entre um programa e outro, eles colocam a frase – “Viver é uma viagem”. E quem não sabe que o melhor de uma viagem é o roteiro, é o enquanto estamos indo para o nosso destino?

Esse destino, ponto de chegada, não é garantia de felicidade, mas o trajeto é. Enquanto estamos na estrada nossa cabeça pensa no melhor. Na viagem da vida é preciso que tenhamos consciência de que enquanto estamos “viajando” temos que nos preparar, não digo para a “chegada”, mas para os mais “adiantes” na vida, a velhice, por exemplo.

As velhices de hoje são bem mais longas que as do passado, hoje se pode viver um século sorrindo, sem grandes cansaços, mas… É preciso ser esperto e, é claro, contar um pouco com a loteria genética… Ocorre, e é aqui que o bicho pega, a maioria dos humanos não curte como deve o trajeto da viagem da vida, o aqui e agora.

É bom lembrar de duas vivências deploráveis da maioria dos brasileiros. E tenho aqui as provas, duas manchetes. Primeira manchete: “Brasileiro quer se aposentar aos 60 anos”. Pesquisa da DataFolha. E a segunda manchete, jornal de Porto Alegre: – “A escalada do alcoolismo na terceira idade”.

E não são as mulheres que entram nesse copo furado, são os machões que vinham sonhando, desorientados existenciais, com a aposentadoria do fazer-nada… Lascam-se. A viagem da vida exige consciência e sensibilidade. Um sujeito que sonha em se aposentar aos 60 anos não gosta do que faz, tão verdade quanto o sol do meio-dia.

Se a vida é uma viagem, fazer do trabalho a paisagem bonita dessa viagem é questão de inteligência. – Ah, mas tu queres que eu trabalhe a vida toda? Sim, se fores pessoa com saúde e sensível para curtir a viagem pela vida. Ninguém é obrigado a fazer o que faz. Quem faz o de que gosta não se aposenta nem enche a cara de cachaça mais tarde.

A brasileirada, pejorativo adequado à maioria dos brasileiros, passa pela viagem da vida sonhando com o nada fazer, e uma vez aposentados vão se afogar na bebida? Nem digo o que penso desses tipos…

LATIDOS

Desejo o pior, nem digo da praga que rogo a esse tipo de gente… Publicidade num site de jornalismo: – “Como treinar um cachorro para não latir”. Por que não “treinam” certos políticos? Deixariam de “latir”… Não sabem que o latir para um cachorro é como falar para um humano? Sem esquecer dos amaldiçoados que colocam coleiras que dão choque nos pobres cachorros indefesos. Canalhas da ética.

RECEITA

Tenho nos meus arquivos vários depoimentos de pessoas centenárias sobre seus segredos de longevidade. Em resumo, cinco dicas: 1) Comer de modo equilibrado, 2) Exercícios físicos sempre ao longo da vida, 3) Cabeça nutrida, sempre, leituras, estudos, artes, música, 4) Fé em si mesmo e nos pensamentos positivos, 5) Lazer e relaxamento, incondicionais. Fácil? Da boca para fora, facílimo. O que penso? Quem seguir o roteiro será um Buda reencarnado…

FALTA DIZER

Erudito da cultura popular brasileira como poucos, memória prodigiosa, cantor, compositor, tocador de violão, educado, apresentador do Som Brasil por anos e anos na Globo e agora, até o final, Sr. Brasil, na TV Cultura. Falo de Rolando Boldrin, morreu semana passada, ativo, 86 anos. “Esse” falecimento a “grande” imprensa brasileira mal noticiou… Eu sei bem das razões… Imprensa hipócrita

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.