“Verdades de alcova”

Por: Luiz Carlos Prates

21/02/2019 - 12:02 - Atualizada em: 21/02/2019 - 17:10

A moça foi garota de programa por alguns “bons” anos… E hoje dirige um curso sobre sexo, em São Paulo, curso inteiramente para mulheres. Ela não está só, tem duas outras “professoras” com ela. Quase todas as alunas foram ou são casadas, há poucas solteiras, pudera… ainda não entraram na fogueira. Uma fogueira em que só há espaço para as mulheres…

Uma das questões curiosas desses cursos é que quando as mulheres são chamadas a falar, a contar da vida sexual delas, há reticências, nervosas reticências, mas… tudo passa e elas contam suas histórias.

Uma das questões que mais me irritaram em saber é que muitíssimas mulheres contam que seu maior problema é “agradar o marido mais que a elas mesma”. Bonita preocupação, mas… tem que haver reciprocidade, e não costuma haver. Eles também têm que ter como objetivo agradar as parceiras… Qual o que! Eles costumam, mais das vezes, “ir para o jogo”, chegar ao “gol” e depois, simplesmente, virar para o canto e dormir. Regra geral entre os homens.

Um outro ponto importante nesses encontros de discussões sobre sexo, entre mulheres, é que há no meio da sala em que elas se sentam em círculo um pote… Nesse pote as mulheres são convidadas a colocar um bilhetinho, sem assinatura, contando sobre seus “piores’ problemas ou dúvidas sexuais, com seus maridos ou parceiros, quase sempre só com os maridos.

Santo Deus, o que aparece nos bilhetinhos! E isso, leitora, envolvendo gente “boa”, não são marginais sem identidade nem poder econômico. Gente “boa”. – Ah, antes que me esqueça, aprendi na Faculdade de Psicologia que sobre sexo todos mentimos, todos, ninguém, absolutamente ninguém, fala a verdade. A verdade só será dita, quando o for, num pedacinho de papel, anônimo na origem…

Para encurtar a conversa. O sexo para as mulheres é bem  diferente do que o é para os homens. Os homens querem o prazer físico, o aqui e agora, e elas… ora, elas a leitora conhece bem, são diferentes. São poucos os que sabem que a Natureza se valeu da “efêmera” atração sexual entre homens e mulheres visando com isso à perpetuação da espécie, nada mais. Passado o cio, deve vir o convívio prazeroso, a conversa, o estar juntos, o “gozar” a relação por valores e não por “cios”. Mas vá dizer isso aos machinhos de aparência, vá.

Horror

Pelo dinheiro muitos fazem horrores. Acabei de ver outra reportagem sobre a criação de pintinhos e galinhas (eles dizem que são frangos) num cativeiro assustador. Bichinhos criados sem espaço, amontoados, sem luz solar, sem poder ciscar a terra, sem liberdade para ir e vir, sem nada, apenas comendo, comendo e recebendo “nutrientes” para crescer logo e ficarem mais pesados… E há quem vá comer aqueles pobres bichinhos sofridos, ignorando os males à saúde. E ninguém enfia o pé na porta? Espero.

Revolução

Faz tempo que venho pregando a Revolução Cultural, a revolução dos princípios morais, dos costumes. Essa revolução, sabe-se, ou começa em casa, com pai e mãe educando severamente os filhos, ou nada feito. Os jovens precisam de pais morais e não de pai materiais, como esses que andam por aí, toscos. Revolução já, ou controle da natalidade e casamentos sob reservas…

Falta dizer

Você pode possuir o mundo e ainda assim ser infeliz, certo? Com certeza. A felicidade não vem de nada senão da cabeça do sujeito. Sua história de infância, seus valores, suas loucuras e desatinos de percepção fazem a infelicidade da pessoa. E raramente a felicidade. E aí está o destino humano.