Num passado não muito remoto, quando tratávamos de certos assuntos, alguém dizia que estávamos viajando na maionese. Viajar na maionese era sinônimo de conversa sem fundamento, mas… todos nós continuamos, volta e meia, viajando na maionese. Agora, por exemplo, vou convidar a leitora e o leitor para viajar um pouco na maionese. Topam?
Será mesmo que o assunto que lhes vou propor é “viajar na maionese”? Não, por certo que não. Dou logo um exemplo: quando falamos de milagre estamos falando do que não pode ser explicado pela razão, mas que se pode explicar pela fé.
De um modo ou de outro, “milagre” é uma possibilidade humana com origem não entendida. Um dia todos os milagres serão explicados pela ciência e então tudo o que até àquele momento era milagre será rotina e coisa natural. O mesmo vale para o conceito de “mistério”. O que é um mistério? É um fato, questão, o que for, sem explicação. Mas há uma explicação.
Vim até aqui (viajando na maionese) para dizer que, novamente, li o meu horóscopo e fiquei pensando. Num trecho do horóscopo de aquarianos, lia-se: – “Deposite um voto de confiança nos mistérios da vida, porque nesta parte do caminho, só esses estão no comando…”.
Sempre gostei de “maionese”, das viagens que ela me proporcionou e proporciona. Se ficarmos no racionalismo da razão, do só aceitar o que pode ser visto, tocado, do duvidar dos “mistérios” e dos “milagres” da vida e na vida, seremos muito pobres e dificilmente “milagres” nos vão ocorrer na vida.
Há momentos, muitos, até penso que quase todos, que temos que fechar os olhos e crer. Até porque nossos credos, aqueles mais obscuros, costumam estar alicerçados sobre sólidas verdades da vida, verdades que nos vão acompanhar para sempre, mas sempre vestidas de mistérios ou milagres. Felizes dos que não tem parentesco com Tomé, o santo cético, o que duvidava…
Vivemos cercados de coisas e questões que pensamos entender, não entendemos; há outras plenas de mistérios e… temos que com elas conviver. Quem convive na fé, vai mais longe e quem segue os passos da Lei Universal da Atração será feliz. Esse crente pede, crê e recebe. É feliz, mas a sua felicidade está alicerçada na fé e não nas explicações dos mistérios. Feche os olhos, peça, creia e… receba. Como? Um grande mistério…
Pena
Coitadinha, tenho pena dela. Tem 23 anos, faz novelas, está riquíssima, tem nome ilustre, mas… completamente desnorteada na vida. A mocinha acabou de botar na cara um desses líquidos “embelezadores”, dessas injeções que esticam beiços, testa, tudo. Ruga, nem pensar. Mas ela tem só 23 anos. Que desamparo existencial. Fico imaginando essa jovem quando tiver 40 anos. Estará, por certo, internada em alguma clínica. Essa neurose pela cara esticada tem custado a vida de muita gente… Coitadinha, “órfã”.
Neurose
Coisa triste essa neurose das mulheres pela cara esticada, casos psiquiátricos… Contei aqui, dia destes, de idosas em Porto Alegre caindo no conto do book fotográfico com fotos retocadas por “filtro”. A esperteza de um fotógrafo tirou delas um dinheirão, elas não resistiam se ver jovens e belas nas fotos. Coitadas das sonsas. Depois que descobriram como funciona o filtro de fotos foram à polícia fazer B.O. Desprezíveis.
Falta dizer
Frase deixada por Ivo Pitangui, o maior cirurgião plástico do Brasil durante muitos anos: – “Pessoas que se sentem bem consigo mesmas não devem fazer cirurgias plásticas”. – Ah, meu saudoso doutor, essas pessoas são raríssimas. As que andam por aí não se suportam diante do espelho. Elas se veem por dentro…