Basta que andemos de radar ligado para notar que há multidões de pessoas em depressão, com a luz baixa na estrada da vida, pessoas que vivem suspirando, sem alento. Aí, você pega uma dessas pessoas e diz a ela: – Tudo bem, andas de crista baixa, depressiva, então vamos fazer o seguinte: coloca sobre a mesa os problemas que te estão abatendo. Põe.
E as pessoas não põem os problemas sobre a mesa, elas não têm problemas, são apenas chatas existenciais, a maioria que anda por aí. Gente frouxa, sem razão para depressões, mas não passam um dia sem se entupir com comprimidos ansiolíticos. Que saibam essas pessoas que soníferos e ansiolíticos vão matá-las mais cedo. Ah, mas o meu médico me recomendou… – Ora bolas, e você vai dar ouvidos a qualquer bobalhão que quer se ver livre dos “clientes” e contentá-los com receitas baratas?
Acabei de ler uma história. Ilustrativa. A moça sentia uma coceira no olho esquerdo, pensou que era um cisco. Coçou, coçou e nada. No outro dia, de novo, lá estava a coceira. E assim foi até que ela perdeu a paciência e foi ao médico. Nada. Andou de médico em médico e os incompetentes nada a lhes descobrir que justificasse a coceira e um certo nublado na visão. Até que alguém, finalmente, lhe fez o diagnóstico: esclerose múltipla, doença degenerativa sem cura que compromete o sistema nervoso central.
A moça começou uma peregrinação, médico após médico e nada. Até que, lendo sobre medicina ayurveda, indiana, decidiu: vou tentar. Fez as malas e se mandou para a Índia, ficou alguns meses. Seguiu rigorosamente o rito que lhe foi indicado por um “médico” da Yurveda e… curou-se. Mas até aqui nada.
O que importa é o que ela disse depois de curar-se de uma doença “sem cura”: – “Hoje estou separada, trabalho e sou independente. Digo que não foi só um tratamento que me curou, e sim a mudança de comportamento, ou melhor, da minha maneira de encarar e levar a vida”. É isso, leitora.
As pessoas andam “loucas” não porque não tenham boa condição física mas porque percebem e reagem de modo errado à vida, aos fatos do cotidiano. Isso enlouquece, deprime, mata as pessoas mais cedo. Quando rompemos com o que anda por aí, curamo-nos seja do que for. Mas, o diacho, leitora, é que essa mudança é o remédio mais difícil de ser tomado, para a maioria é mesmo impossível, tão loucas andam metidas nesses “modernismos” e no cabresto do que os outros pensam.
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