Tudo igual para elas! – leia a coluna do Prates desta sexta-feira (2)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

02/10/2020 - 06:10

Para as mulheres incendiadas, para as mulheres de punho fechado, que se fazem respeitar, dou uma sugestão de leitura.

Leitura de um livro que envolve mulheres, a subjugação a que são submetidas desde o nascimento, sem exceção. Ou será que algum pai vai me dizer que nunca deu uma boneca à filhinha? Por que não deu uma boneca ao guri? Se o pai não deu, muito “ocupado” que anda, o avô, o tio, o diabo deu…

O livro tem por título – “O Segredo do Meu Turbante”. É a história de uma menina de oito anos, afegã, que teve a casa onde vivia incendiada por uma bomba.

Ela teve o rosto deformado e, após passar dois anos internada, descobre que não poderá mais depender da força de trabalho dos homens de sua família, foram mortos.

Subvertendo as “leis” dos talibãs, que proíbem as mulheres de trabalhar, ela assume a identidade do irmão morto para buscar o sustento da família.

Com o rosto deformado, Nadia se transformou “num homem” para poder trabalhar e sobreviver. Esse o resumo.

Agora me diga, que diferença há entre a Nadia afegã e as nossas meninas, mulheres? Nenhuma. Lá longe, os fanados, os impotentes, não querem saber da mulher independente, trabalhando, não precisando deles…

Aqui é a mesma coisa escondida pela hipocrisia. Quantas meninas aqui entre nós, na democracia, livre e igualitária (tudo fajuto) são educadas para o nariz empinado, para a independência, para o não precisar de homem? As próprias mulheres têm muita culpa nisso.

Ai de uma amiguinha de 13, 14 anos que não tenha namorado. As amigas vão chamá-la de tudo, vão cochichar sobre ela não ter namorado, mesmo que sejam ainda bobinhas de pátio de colégio.

A história da Nadia, afegã, não interessa ao pessoal aqui de perto, ah, essa Nadia é lá do outro lado do mundo, não nos interessa, é o que a maioria estúpida diz, desconsiderando que a perseguição às mulheres está em todas as nossas esquinas, em todas as famílias.

Quem disser que não é um baita dissimulado, e se for mulher dirá isso por omissa, fraca, dependente. Não sejamos falsos ingênuos.

A condição da mulher, mundo todo, é igual: submissas aos cuecas-úmidas, afinal, o “livro” dos falsos pios não diz – “Mulheres, sede submissas a vossos maridos”? Rasgar a página e partir para a luta. Ouviram, companheiras? Ah, que bom!

Educação

Por que os guris ganham revólveres de plástico quando pequenos? Por que não dão desses “brinquedos” também para as meninas?

Se os fanados compram armas e aprendem a atirar, as meninas têm o mesmo direito, precisam ser incentivadas também a ter suas armas, a se impor e provocar medo aos covardes que andam armados para matá-las.

Ouviste, vovô? Revólveres também para as menininhas!

Safadeza

O time perde duas ou três partidas e o treinador é demitido. Por que o treinador é demitido e nenhum dos molengas de dentro do campo é punido? Quer dizer que quando o time ganha são os jogadores que vencem, quando perde é o treinador que perdeu?

As direções dos clubes têm que demitir também os jogadores molengas ou então as direções se autodemitirem. Hoje.

Falta dizer

Filosofia barata? Que seja! Vamos lá. Não existe o tempo. O ontem já foi vivido, o amanhã é apenas uma ideia. Só existe, só é real, este momento do aqui e agora.

Se você não espremer o eventual limão que tem nas mãos e transformá-lo em limonada, de nada lhe adiantarão as lágrimas pelo ontem e os suspiros pelo amanhã. Conteste!

 

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