Touro premiado – Leia a coluna de Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

20/09/2022 - 05:09

Todos os dias um caso. Casos que me fazem pensar a vida. O que é, por exemplo, viver bem? Essa pergunta foi feita por Adão a Eva e a Eva saiu para pegar uns pêssegos no paraíso, não sabia da resposta. Muitas e muitas vezes repeti aqui o que antigos sábios, perdidos no tempo da humanidade, sacaram a grande, ou talvez única, saída para diminuirmos as encrencas da vida: viver o aqui e agora.

Claro, alguém me pode dizer que se o seu “aqui e agora” estiver uma danação, como seria possível viver o aqui e agora como se tudo estivesse numa boa? Aí é que está, de nada adianta suspirar pelo passado ou viajar para um futuro que não existe. A saída também está no aqui e agora. Pô, estou indo longe e ainda não falei do sujeito que me traz a estas linhas, leitora! Você o conhece, o marido ou o pai deve conhecer mais ainda, não sei, talvez… Mas que o cara fez nome, ah, isso fez! Falo de um sujeito que, por inúmeras vezes em meus comentários no rádio e na tevê, chamei-o de “touro premiado”.

Você sabe que um touro premiado tem uma força de… Touro premiado. Esse cara tinha essa força: Mike Tyson. Tyson derrubava postes com os murros que dava na cara dos seus adversários. Para muitos, Tyson foi o maior pugilista peso-pesado da História. Pois bem, esse sujeito, outrora forte como um touro premiado, anda hoje de cadeira de rodas, mais do tempo. Dores de todo tipo nas costas, berra de dor e dizem os médicos que a cura é complicada ou até agora impossível. E numa entrevista, Tyson enfatizou: – “Meu prazo de validade está chegando”! E ele tem só 56 anos, um guri. Fico pensando. Tyson teve o aqui e agora dele, nos ringues, derrubando florestas de adversários.

Valeu a pena? Vale a pena ser num dia e se arrastar no outro? O aqui e agora de outrora terá sido bem vivido por essas pessoas? E adiantou? De que me adianta um baita sucesso no ontem e um pesadelo no hoje? Penso que só há uma saída, quando for o caso: transformar o limão em limonada e não gemer. Adianta? Se a leitora tiver outra saída, por favor, me mande dizer. Estamos sempre no aqui e agora. É diachos ou Hosanas a Davi?

POBREZINHOS

Quem são os pobrezinhos? Os bichos maltratados. Acabo de ler sobre um canil de cãezinhos de grife, cachorrinhos que vivem presos em “gaiolas”, muitos deles aleijados pela prisão, e tudo para a multiplicação de raças de “grife” para atender à demanda dos nadas, dos que desprezam os cães-sem-raça, os chamados vira-latas. Vira-lata é quem compra bichos de “marca” e alimenta preconceitos contra os “comuns”. Os nadas se revela nos “pormenores”…

ESTRESSE

A ignorância é a mãe da indústria farmacêutica. Acabo de ver numa tevê anúncio de um comprimido contra o Estresse. Charlatanice pura. Estresse físico se recupera com descanso; estresse emocional, o pesado, vem das percepções, dos valores pessoais e contra isso não há comprimido no mundo que dê jeito. Ou o sujeito muda a cabeça ou vai tê-la entortada cada vez mais. Certo? Ignorantes, levantem o dedo? Hummm, multidões!

FALTA DIZER

Se eu disser o que penso dessa gente, até a ONU vai me encher os tubos, ouça esta manchete: – “Em Portugal, público ainda aplaude de pé o sangue das touradas”. Imagine o pior, a pior das pragas… Imaginaste? É isso o que estou desejando a esses sanguinários. Malditos!