Negativo, compadres e comadres, sem essa de solteiro por metade. É o seguinte, leitora, leitor, dia destes me prestei para perder tempo vendo um programa desses de “roupa suja” na televisão. Um grupo de mulheres jogando conversa fora, tantas bobagens ditas de modo tão “respeitável” que me dei o desfrute de perder um pouco do meu tempo…
Lá pelas tantas – e é por isso que hoje estou aqui – uma das mulheres do tal programa disse que com ela não tem essa história de “metade da laranja” ao casar ou viver com alguém. Disse não aceitar essa conversa de que ao casar passamos a ser metade da laranja, ela insistia que ela sempre se preservou como “laranja” por inteiro… Acho que você já entendeu, não é mesmo?
Pois ouvi aquela patacoada (asneira) e me aprumei na cadeira, ergui o dedo contra a participante do programa. Não mesmo, comadre, quem casa deve sim passar a ser “metade da laranja”, ele ou ela será a outra metade. E o que quero dizer é que ao casar precisamos, é preciso, que o lado solteiro da vida seja deixado para trás. Sem essa de vou continuar livre e solta/o como sempre fui, sem essa.
Nunca esqueço daquele trecho de samba que a certa altura diz: – “Você é um homem casado, não tem o direito de fazer carnaval”… E não tem mesmo. Quem casa abre mão da vida de solteiro. – “Ah, mas eu não me quero acabar para a vida, vou continuar saindo com os amigos, tomar meu chopinho, jogar meu futebol de salão…”. Ah, é? Então, ela também. Nas sextas-feiras, ela vai sair com as amigas, tomar uns drinques, jogar cartas, o que bem entender, certo, seu machinho de meia pataca? Claro que não. Eles podem, dão as cartas e as tolas, as medrosas, as sem dignidade nada dizem, ou murmuram: “Ah, homem é assim mesmo”. Assim mesmo uma ova.
Nem ele nem ela podem mais agir ou viver como solteiros, não podem e ponto final. Quem transige, elas, sempre, é claro, vão se dar mal na vida, aliás, vão não, já estão se danando. É isso e viremos a página da vida: casou, acabou a vida de solteiro. Certo? Acho bom. Metade da laranja sim…
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