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Por: Luiz Carlos Prates

22/06/2016 - 04:06 - Atualizada em: 22/06/2016 - 07:44

É preciso saber ler os sinais. Que sinais? Os sinais que a vida nos passa. Há quem diga que tudo são sinais. Claro que para acreditar nisso, você vai acabar acreditando em destino, o que não posso aceitar. Destino, já disse isso aqui, seria uma carta, um roteiro que um Deus teria escrito para que cumpríssemos na vida. E não haveria como escapar ao roteiro, seríamos como atores numa novela, teríamos um texto a seguir… E onde ficaria o livre-arbítrio? Desaparecendo o livre-arbítrio, desapareceria a liberdade. E desaparecendo a liberdade, desaparece a culpa. Não haveria responsabilidades nem crimes na vida…

Mas a vida parece mesmo que nos manda sinais o tempo todo, quem melhor os consegue “ler”, melhor vive. Aliás, o Paulo Coelho, o escritor, vive falando de sinais… Mas o Paulo é um esotérico, não vale. E nós?

Acabei de ler um artigo sobre a força do elogio no trabalho, lá pelas tantas havia esta frase no texto: “32% das pessoas abririam mão do dinheiro por um simples “obrigado”. A frase significa que para muitas pessoas um agradecimento, um reconhecimento, uma gentileza vale mais que salário, que dinheiro no contracheque. Certo? Sim, para muitas pessoas isso é verdade, mas o que isso quer dizer na linguagem dos sinais, dos sinais da vida?

Significa que essas pessoas que trocam tudo por um agradecimento, por um reconhecimento, são pessoas que precisam de “amor”, de afeto, são pessoas que se sentem mal, precisam de apoio, precisam de “certezas” afetivas. Vivem, enfim, aquilo que Freud chamava de carência afetiva, um mal que não é de poucos, é de todos. Alguns deixam essa carência muito clara em suas ações, outros dissimulam e outros tantos, inconscientemente, levam essa carência para comportamentos bizarros, compensatórios. Mas que todos somos pacientes dessa carência afetiva, sem dúvida. Os sinais que passamos é que são diferentes de pessoa para pessoa. Ou você, leitora, se sente 100% amada, sem nenhuma carência? Se disser que sim, atrevo-me a sugerir seu nome para uma entrevista com a Fátima. Será um caso especial…

E não me sai da cabeça que quem conseguir ler, traduzir, os tantos e tantos sinais que a vida nos passa ou será muito feliz ou viverá num inferno. Não sei a resposta. Mas há quem diga que os sinais são sempre para o bem. Ó, passou um besouro agora por aqui… O que significará?…

Culpada

Na tevê. Jovem e bela mulher, casada, tinha um caso com um homem também casado. Num certo dia, essa mulher mandou matar a mulher do amante. Quase conseguiu, a vítima ficou mal mas escapou. Num interrogatório na delegacia, o delegado perguntou a ela se de fato tivera um caso com o fulano de tal, marido da vítima. A safada respondeu dizendo que não falaria de sua personalidade moral, só diante do juiz. Ora, a ordinária confessou. Quando alguém é acusado de crime que não cometeu, berra inocência em todos os momentos. Quem diz que só fala em juízo é sempre culpado. E os envolvidos nas safadezas eram todos gente “fina”. Vagabundos.

Falta dizer

Cuidado, hein, quem vive deitado na cama do passado (lembranças) não tem presente nem terá futuro. Está morto em vida. O passado é lixo ou lição, só. Vida é agora.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.