Será que vão encontrar a felicidade no mundanismo das esquinas? – Leia a coluna do Prates desta quarta-feira (29)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

29/01/2020 - 10:01 - Atualizada em: 29/01/2020 - 10:33

Sinto muito, não lhe posso dar o endereço. Ninguém sabe onde ela mora, ela tanto pode morar aqui mesmo quanto em outro lugar qualquer e não sabido. Ela não tem residência fixa.

Ah, sim, de quem falo? Falo dela, a fugaz, a inquieta, a que não escolhe cara nem qualquer referência para entregar a chave do portão, do único portão por que lutamos na vida: o da felicidade.Sim, é dela que falo, da que não tem endereço fixo. Antes de entrar no assunto, assunto velho, surrado, mas… Atual, sempre atual, devo dar algumas voltas.

Duvido que você, quando criança, não tenha ouvido falar de romances inebriantes entre príncipes e princesas, duvido. Príncipes e princesas que no passar do tempo vamos esquecendo, mas que sempre estão dentro de nós como exemplos de elevação e felicidade.

Digo isso e penso no casal “Real”, Real com letra maiúscula, de Realeza, Harry e Meghan. Ele príncipe herdeiro, ainda que remoto, do trono inglês. Pois, o casal, dia destes, chutou o balde, a expressão é chula, mas eles chutaram o balde da realeza, não a quiseram mais, saíram do “castelo” e foram para as ruas do mundo.

Não é estranho? Quantos de nós daríamos um dedinho (quem sabe a mão toda) para ser da realeza e viver num castelo? Tudo aparentemente muito romântico, mas Harry e Meghan descobriram que “ela” não morava no castelo, ela, a felicidade. Caíram fora.

Será que vão encontrar a felicidade no mundanismo das esquinas? É possível. “Ela” pode morar debaixo de uma ponte, “mendiga da silva” e pode não ser encontra, vai saber, nos castelos da vida. Harry e Meghan foram corajosos, Lady Di não foi, lembras dela?

A vida nos dá lições todos os dias sobre felicidade, mas parece que não adianta. A maioria procura por “ela” nos nomes e sobrenomes de possíveis maridos ou mulheres, procura em saldos bancários, em casas de alto valor, em mundanismos, enfim, onde “ela”, a princesa difícil e fugaz, a felicidade, nunca vai ser encontrada, ou quase nunca.

Engraçado, a vida nos passa soberbas lições todos os dias sobre tudo, mas nós não as queremos ver, continuamos em estúpidas obstinações por falsos reinos e falsos principados… E a felicidade pode estar bem aqui, na palma da nossa mão, afinal, ela se ajeita em qualquer lugar. O problema é ser sensível para achar esse lugar…

Respeito

Falta de respeito, vejo todos os dias desses casos de abuso. Mulheres que para passear, sair por aí com o marido, “desovam” filhos pequenos na casa dos avós, mas para a avó cuidar. Negativo, avó não tem obrigação de cuidar de filho alheio, ademais, a “filhinha”, a mãezinha que fez o “problema”, precisa saber disso e se tocar. Fez filho? Agora aguente. Ué, gente!

Visitas

Fiz um comentário na tevê, faz alguns anos, que já tem mais 60 milhões de visualizações sobre visitas inoportunas em nossas casas no verão litorâneo. Visitas chatas, desagradáveis, de parentes ou “amigos” com filhos mal-educados, um horror.

Eles vêm, se alojam, comem, bebem, sujam, ficam um tempão e vão embora sem deixar o endereço… Visita tem que ser por “horas” e ajudar em tudo, da geladeira à limpeza ou… Que fiquem em casa.

Falta dizer

Neste país de lacaios vivem falando de desigualdades, mas… Promovem concursos públicos com estabilidade, isso tem que acabar, de um modo ou “de outro”. Estável, o sujeito se manda, muitíssimos se acomodam, mais ainda quando não há, como não há, avaliação de desempenho. Acabem já com a patranha da estabilidade e da falta de avaliação. Já.

 

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