Ser bom, nada mais – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

16/03/2023 - 05:03

A enganação é a máscara coletiva da sociedade. Haja vista a duração dos casamentos de hoje. Os “ingênuos” se encontram num determinado lugar ou situação, ele a acha uma lindeza e ela, desesperada, alimenta o mesmo engano.

Resultado? Uma semana depois, se tanto, já estão ou juntos ou na “intimidade” que acelera o fim da relação… Nenhuma boa relação de casais se pode alicerçar basicamente sobre intimidades, “aquelas”… As “intimidades” fazem parte do jogo, mas não são o jogo como um todo.

Acabo, não sei por que, de lembrar do bom samaritano. O bom samaritano, você sabe, foi o sujeito que, sem qualquer vínculo religioso, viu um homem caído na rua, fora assaltado, estava ferido e despojado de seus bens.

O bom samaritano não pensou duas vezes, socorreu o “irmão”, levou-o para uma estalagem, pagou-lhe tudo e foi embora sem olhar para trás. Ocorre que antes do samaritano, vários “religiosos” passaram pelo homem assaltado e fingiram não o ver…

Canalhas, como muitos, senão a maioria, dos religiosos de hoje… Vão à igreja, mexem os beiços parecendo rezar, mas… estão longe, pensando em suas sacanagens. Querem enganar o seu deus…

Diante dessa história do bom samaritano, sobra-nos a grande lição passada por ele: se formos bons, honestos, cumpridores dos deveres, respeitosos para com todos, não é preciso perder tempo com rezas ou igrejas.

Se o que conta para o deus das pessoas é a correção existencial, então nada mais é preciso. E faz sentido. A “salvação” está garantida para os bons, para os corretos, para os de comportamento elevado. O que mais poderia “salvar” uma pessoa para a vida eterna, a teatral ilusão da maioria? Nada mais além do comportamento.

E esse comportamento, tanto quanto possível, deve ser alinhavado pelos pais na educação de suas crianças. Fora dos problemas sem controle, desajustes na cabeça, por exemplo, tudo o mais é possível ao que crê, pois não?

E nos casamentos as coisas bem que podiam ter sido evitadas, tivessem elas, mais que eles, um pouco mais de controle emocional e percepção para notar os desajustes do aparentemente Homem… Enfim, o comportamento humano é tudo, tanto para a “vida eterna” do céu aqui da terra quanto para o inferno em qualquer lugar.

IDADE

Já foi dito que idade é um número, jamais uma sentença, seja para o que for… Mas é preciso que fique claro que quem decide isso é a cabeça da pessoa. A maioria se rege pelo calendário, como se alguém um dia pudesse segurar o tempo pelo colarinho. Costumo dizer que quando a pessoa tem juízo, se mantém ativa, é idosa, quando tem cabeça vazia e vive em cima de desculpas é velha. Outra coisa, idoso se exercita, velho descansa. Cuidado, a “colheita” não vai diferir da semeadura.

MULHERES

Se eu der 100% de razão a ele, vou acabar entrando nesse barco. E nesse barco não quero entrar nem que me deem o remo. Falo de uma frase de Carl Gustav Jung (1875-1961), formidável psicanalista. Jung dizia que – “A única coisa que devemos temer neste mundo é o homem”. Claro, os “bebês da mamãe” não concordam, mas… Jung não estava totalmente errado. O diacho é achar as exceções…

FALTA DIZER

Por enquanto, tudo sem muitos tambores… Já estou pagando para ver, e uso dessa expressão no melhor sentido. Pagando mesmo para ver um jogo desses. A Confederação Brasileira de Futebol já liberou as federações estaduais para organizar campeonatos de sub-17 com equipes formadas por garotas e rapazes. Times mistos. “Igualdade” no placar. Golaço!