Senhor, dai-me paciência!

Por: Luiz Carlos Prates

28/01/2016 - 06:01 - Atualizada em: 28/01/2016 - 06:18

A televisão educa? Não, a televisão de hoje deseduca, e gravemente. Todos os programas populares, esses de auditório, estão no fundo da lixeira, não me pergunte por que, eu seria muito mal-educado, vamos deixar para lá. Mas que são um lixo único, são.

E há programas, nos tais canais pagos, que são mantidos no ar porque este país não tem autoridades morais nem Homens para “puxar a espada” e dar um grito de ordem. A linguagem desses programas é absolutamente constrangedora, nem nos piores bordeis depois de muita cachaça você acha parecido. Dia destes, uma lindona, uma dessas revelações da Globo, pergunta ao auditório: “Quem tem aí o… maior?” Nem de longe posso dizer o que é que ela procurava como o maior… É isso mesmo que você está pensando. Pode isso? A que ponto chegamos.

Na Malhação, a ex-novelinha de adolescentes da Globo, dia destes, uma guria de 16 anos estava na cama dela com o namorado. O pai chega, vê a cena e dá uma broca, daquele tipo de bronca que deve ser dada… Qual o quê! A guria contestou o pai: “Ah, mas nós estávamos apenas conversando…”

E eu pergunto – conversando deitados na cama, namorados? Mas desde quando? “Ah, ‘seo’ Prates, os tempos mudaram, o que era despudor no passado hoje é liberdade, naturalidade, afinal, todos somos iguais, parecidos, pare com sua hipocrisia!”

É por isso que as coisas estão como estão, pessoas acumulando casamentos no currículo da vida como quem troca de sapatos… Falta de respeito de parte dos filhos, de parte dos pais, de parte, e muito, das “autoridades”, esses “adubos” que se alçam a alguma coisa e são moralmente podres. Agora é assim, mas, espere um pouco, na tevê não deve ser. Outrora se dizia que a televisão era a babá eletrônica. A babá foi promovida, ela é hoje a grande professora do mal, os jovens não precisam mais ir aos antros da vida para aprender bandalheiras e comportamentos indevidos, basta ligar a tevê… E quem está por trás dessa promiscuidade toda e desses deboches todos? Empresários procurando por audiência, leia-se dinheiro. É como digo há muito tempo por aqui, onde entra o interesse pelo dinheiro, sai pela primeira porta a ética. Ética e dinheiro não dormem na mesma cama.

Ah, e sem falar que algumas safadas bem pagas e empertigadas da tevê contam de suas vidas sexuais, detalhes, com os amantes, desculpe, quis dizer maridos… O despudor é geral, amplo e irrestrito. E eu imagino como não serão as portas fechadas dos gabinetes em Brasília, eu imagino…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.