O que você faria se soubesse que iria morrer em um mês? Penso que só um desatinado teria uma resposta racional, afinal, o medo da finitude é o que nos provoca a chamada angústia vital, a que nos acompanha do berço ao último suspiro, eliminando do ser humano a possibilidade de ser feliz… Essa pergunta (o que você faria se…) já foi feita muitas vezes, mas toda vez que a escuto penso nos diagnósticos diferenciais.
Vou explicar. Muitas doenças têm sintomas parecidos, muito parecidos. Só médicos altamente competentes (raros) vão saber fazer a distinção entre um mal e outro. Então, quando dizemos que entendemos uma pessoa que está a passar por um sofrimento, estamos fazendo o “diagnóstico” a partir de nós mesmos, o que enseja grandes equívocos.
Só pisando num prego para saber o que é pisar num prego, fora disso, tudo o mais é conhecimento analógico, comparativo a partir de nós. Um erro.
Chego até aqui, leitora, para resumir a história de um brasileiro que vive nos Estados Unidos e que sofre de depressão desde jovenzinho. A minha definição de depressão constrange muita gente, vou deixá-la, por ora, num canto. O que acontece com esse nosso “mano” brasileiro/americano é que ele já tentou de tudo e não achou saída, mas parece que agora achou: ele vai varrer os Estados Unidos de moto, sem rumo, andando, andando…
Pois penso que o que sempre faltou a esse nosso conterrâneo vai agora realizá-lo: um bom motivo. Ninguém luta pelos vazios, pelo sem razão, pelo nada… Quando temos uma luz instigante diante dos olhos, piscamos. Piscamos e saímos do lugar. Maior parte das pessoas vive em “piloto-automático”, ações e reações sem ânimo nem propósito. Vidas vazias, passo largo à depressão.
Só um estropiado da vida decidiria fazer algo prazeroso sabendo que tem apenas um mês de vida pela frente. É preciso que nossas ações tenham largos horizontes, tenham “futuro”, e vem daí a necessidade de casarmos por amor com nosso trabalho, com o que for. Ninguém sonha em amar por pouco tempo.
Vidas vazias geram desânimos emocionais, psicológicos, não raro, diagnosticados como doenças, depressão e quejandos…
Tenho certeza que o nosso amigo, Ciro, o brasileiro/americano, vai achar a sua rota de vida ao sair por aí. Quando saímos por aí, na verdade estamos saindo para achar um porto seguro: o da felicidade. Vai firme, Cirão!
Justiça?
Ouça esta, estava no site de jornalismo UOL – “Processo leva 63 anos para ser julgado no STF, e até hoje advogados já morreram”. Era um caso de investigação de paternidade, movido pela família de um jovem pobre contra um fazendeiro rico, no RS. Tem cabimento? E se a ação judicial fosse de um rico contra um pobre, o tempo de julgamento seria o mesmo? Este país precisa de uma “Revolução”, já. Espadas ao brilho! Já. 63 anos um processo…
Confúcio
Frase atribuída a Confúcio, pensador chinês: – “Para saber como um povo está sendo governado, conheça a sua música”. Cruzes, se o Confúcio, voltasse à Terra e liga-se o rádio, bah, ia voltar correndo. Só ouviria ordinários mentindo ser sertanejos, música de mictórios, é só o que dá por aqui. Duvidas? Ligue o rádio, ache uma música orquestrada, ache “Música” no rádio, ache… Pago um picolé.
Falta Dizer
Vagabundos continuam entrando sem camisa em supermercados, supermercados ordinários, isso sim. E se uma mulher quiser entrar sem blusa, pode? Que as pessoas decentes não entrem nesses antros, que procurem por um supermercado decente.
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