Saúde e felicidade!

Por: Luiz Carlos Prates

07/01/2016 - 15:01 - Atualizada em: 07/01/2016 - 15:50

Nas minhas palestras sempre dedico alguns bons minutos para falar sobre felicidade. E sempre digo que felicidade é uma porta que só abre por dentro. Pronto, não é preciso dizer mais nada. Uma pessoa com um mínio de inteligência sabe bem disso, ninguém nem nada nos pode fazer felizes senão nós mesmos. É a tal porta que só abre por dentro; graças a Deus, somos todos potencialmente felizes, independente do saldo bancário ou de estar aqui ou ali ou com este ou aquela ao lado…

A “novidade” que surgiu no assunto vem da Inglaterra, da Universidade de Oxford. Psicólogos ingleses estão nos mandando dizer que ser feliz não garante saúde nem longevidade. Bah, saltei da cadeira, discordo da cabeça aos pés. Uma pessoa feliz é, por princípio, tranquila e essa tranquilidade favorece o batimento cardíaco em razão de o sangue não conter em escala prejudicial à saúde os hormônios do estresse. Ora, como é que uma pessoa tranquila, sem os venenos dos hormônios indevidos no sangue não vai ter saúde melhor que uma outra agitada, com o coração, mais das vezes, saltando pelos olhos? Insanos.

Disseram mais os psicólogos de Oxford, disseram que quem fuma é menos feliz que quem não fuma. Aí estão certos, e pela singela razão de que o fumo é buscado pelo fumante como anestésico de suas angústias, de sua infelicidade. E o estranho é que os de Oxford disseram que beber, muito ou pouco, não faz mal, pelo contrário faz mais felizes as pessoas. Discordo de novo. A “felicidade” nesse caso é fruto da elação provocada pelo éter no sangue do cérebro, mas passa e deixa “cicatrizes” na saúde…

Mas disseram algo interessante, disseram que as mulheres de mais de 60 anos são mais felizes que as mulheres de menos idade, entende-se. As mulheres mais vividas não estão mais no estresse das conquistas nem são assim tão atentas às maratonas sexuais, são mais calmas, o bem-estar afetivo é-lhes mais importante que o mais…

Outra coisa, disseram os de Oxford que quanto maior o nível educacional mais infeliz é a pessoa. Faz sentido. O saber eleva a pressão arterial, nos empurra aos estresses, nos faz conscientes de responsabilidades, faz sentido. Aliás, Salomão dizia que “no muito saber está a angústia”…

E ainda disseram que quanto mais intensa a atividade de trabalho, mais feliz a pessoa. Correto, mas a pessoa tem que gostar do trabalho, se gostar, de fato, é um anestésico da finitude e dos infortúnios. Para encurtar a conversa, se você encher o peito agora, olha para o céu e disser – sou feliz – nem o Papa lhe poderá contestar, serás feliz. A porta só abre por dentro…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.