Quem tem amigos não conhece solidão – Leia a coluna do Prates desta quarta-feira (3)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

03/06/2020 - 06:06

Quase que começo esta nossa conversa dizendo uma bobagem. Eu ia dizer que se você for jovem, pode virar a página. Baita bobagem, afinal, o que pretendo dizer é que precisamos de dois investimentos na vida, um para a juventude e outro para a velhice.

Ora, como todos querem viver muito, não existe isso de o assunto servir apenas para os mais velhos. Vamos ver? Acho bom.

É o seguinte: como todos querem viver muito, pelo menos em princípio, então é imperioso que todos pensemos na velhice, costumo dizer de modo mais “educado”, os adiantados da vida…

Dia destes, a morte de um famoso abalou muita gente, você, com certeza, o conhecia. Morreu, 85 anos… Pobre não era, morava bem e dava sinais de que sua angústia existencial não passava pelo dinheiro. Matou-se.

Um choque. Mas como? Como que uma pessoa dessas tira a própria vida sem ter uma razão muito, muito especial?

Chamemos de razão especial um motivo bem destacado. Não, esse motivo não havia, o que havia, isso ficou claro pelas entrelinhas do que ele escreveu como despedida, é que tinha uma vida vazia. E a vida vazia produz depressão, ninguém se deprime no meio de uma azáfama de alegrias… E era aqui que eu queria chegar.

Como disse, temos que fazer dois investimentos ao longo da vida. O primeiro tem que começar cedo, é o investimento numa qualificação profissional e numa poupança financeira, numa linha reta que produza uma boa calçada para a longa avenida da velhice. Isso se tem que começar cedo, depois é um babado muito difícil.

E o segundo investimento, tão importante quanto o primeiro, é produzir uma vida de significados, independente de trabalho, mas com o alicerce nos amigos. Aqui está um grande “x” na questão da vida: amigos.

Já disse aqui em outros momentos que quem tiver um único amigo, mas amigo de pele, será pessoa rica. Muito difícil ter amigos. Ou será que essa dificuldade não resulta da própria pessoa que passa pela vida sem se dar conta de que amigos são nossos ventiladores dos verões da vida e as mantas dos rigores dos invernos da velhice?

Muita gente tem dinheiro, envelhece e fica sozinha, não raro, se matam. Duvido que com amigos, amigos de fato, isso aconteça. Quem tem amigos não conhece solidão, e eles não custam dinheiro, custam amor… Pena do famoso que “morreu”…

Ela

Você já “ouviu” a conversa aí de cima? Então, vai ficar mais fácil agora.

Ela é jovem, tem 26 anos e dizem que é muito famosa como youtuber. O que mesmo? Ela diz que tem milhões de seguidores, aquelas baboseiras todas, mas… “Sinto falta de ter amigos de verdade”, suspirou a mocinha.

Imagino. Legiões de seguidores e nada é a mesma coisa. Um ou dois amigos é riqueza de poucos. Amigos, eu disse. Amigos, com A “grandão”…

Galpão

Sim, isso mesmo, home office não é festa de galpão. O trabalho caseiro, aparentemente um gozo, exige cuidados rígidos, disciplina militar mesmo. Horários rigorosos para o bom cumprimento do trabalho.

De outro modo, haverá trabalho malfeito ou sobrecarga de trabalho, especialmente no caso das mulheres. Elas que se cuidem, a exploração caseira delas vive de plantão…

Falta dizer

Num primeiro momento fiquei com pena, logo depois, esfreguei as mãos: tomem!

Um bando de brasileiros na Austrália, discriminados, isolados, tratados pelo que são: estrangeiros sem eira nem beira, querendo voltar para o Brasil e pedindo ajuda. Ué, lá não era o paraíso, lacaios?

 

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