“Psicologia militar”

Por: Luiz Carlos Prates

04/12/2018 - 09:12 - Atualizada em: 04/12/2018 - 09:38

Ontem, recolocando de volta nos meus arquivos parte do que usei numa palestra que fiz semana passada para militares da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Florianópolis, sob o comando do General de Brigada Ricardo Miranda Aversa, reencontrei algumas frases típicas da linha militar, uma psicologia especial e de que muito todos precisamos.

Você já sabe que fiz Psicologia na PUC/RS, mas em nenhum momento dos cinco anos do curso alguém falou lá na frente de Psicologia Militar. Pois eu garanto que é a melhor das psicologias, devia estar em todos os cursos, mas, é claro, e por razões “óbvias”, não está… A Psicologia Militar, assim a denomino, é essencialmente positiva, brava, heroica e retumbante, a psicologia de que mais precisamos, você não acha?

Vou dar alguns exemplos por meio de algumas frases. A primeira vem do tempo dos generais romanos: – “Si vis pacem para bellum”, ou Se queres a paz prepara-te para a guerra. Não é sábia? Esperar pela “guerra”, seja ela a que for, é tontice. Precisamos estar preparados para o que der e vier. E se fizermos isso, teremos mais garantias no trabalho, na saúde, nos relacionamentos, em tudo. Esperar pelo desafio para só então pensar nele é desatenção fatal.

Outra frase de que gosto muito, incontestável: – “Não nos perguntem se somos capazes, dê-nos a missão”. O pessoal do BOPE da nossa PM faz muito bom uso dessa frase. E só os preparados e corajosos pensam e agem assim. Aí, rapazes, aplausos.

Outra frase de que gosto muito, psicologia militar pura, chegou-nos do Gen. Osório, patrono da Cavalaria do Exército Brasileiro, diz assim: – “Soldados, é fácil a missão de comandar homens livres, lhes basta mostrar o caminho do dever”. Todavia, as multidões que andam por aí fingem não saber qual é o caminho do dever, e nesse caso… Não se queixem das “puas” da vida.

Precisamos de mais psicologia militar em casa, na educação dos “pequenos”, em sala de aula, onde está uma algazarra, precisamos nas empresas, nos clubes, nos partidos, nas igrejas, por aí tudo…

E que tal, para terminar, este trecho da Canção do Exército: – “A paz queremos com fervor/ A guerra só nos causa dor/ Porém, se a Pátria amada for um dia ultrajada, lutaremos sem temor”.

Que os “agitadores internos” não se atrevam a tentar ultrajar a Pátria amada… Entendidos? Acho muito bom.

Casamentos

Em algumas empresas, a entrevista de seleção tem tomado um rumo bem diferente do convencional. Os candidatos são levados, inadvertidamente, a falar sobre assuntos bem reveladores da personalidade. Poucos escapam, a língua os delata. Imaginemos um mesmo tipo de teste para casamentos. Bah, as igrejas iam ficar vazias e os juízes de paz sem ter o que fazer. Os desacertos conjugais que andam por aí resultam das mentiras que foram tomadas por elas e eles como verdades.

Vida

Manchete de um site jornalístico: – “Aos 83, Renato Aragão planeja novos trabalhos”. Queriam o quê? Que o “Didi” ficasse em casa coçando? É como pensam os vadios que só trabalham empurrados pelas suas misérias existenciais. Se o sujeito tem saúde, tem mais é que trabalhar sim. Faz bem à vida, certo, mandriões do pijama?

Falta dizer

Você deve saber que há três modos de se conseguir que algo seja feito: faça você mesmo, contrate alguém para fazê-lo ou proíba seus filhos de fazê-lo… Sutil, não é mesmo? Pois é, quase sempre, os mandriões precisam ser proibidos de fazer alguma coisa para que eles se movimentem para fazê-la. Com mandriões ou é na melhor das psicologias ou na sova mesmo… Ué, gente!