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“Prazos de validade”

Por: Luiz Carlos Prates

23/11/2018 - 09:11 - Atualizada em: 23/11/2018 - 09:29

Há certas bênçãos na vida que são magníficas para que sejamos felizes ou, pelo menos, não tão angustiados. Dou logo um exemplo, o maior de todos: nosso “prazo de validade”. O nosso prazo de validade deve estar escrito em algum lugar, mas onde, Santo Deus? E esse prazo de validade, que significa nosso tempo de vida, produz o que já foi definido como “angústia vital”, a angústia que nos incomoda do berço à sepultura, à data final.

Esse prazo de validade, essa angústia vital, está na cabeça de todos, seja a pessoa rica ou pobre, sábia ou estulta, é uma intuição natural no ser humano.

Sim, tudo bem, “seo” Prates, mas aonde queres chegar com esta arenga toda? Não muito longe, leitora. É que acabei de ler a seguinte manchete num site de jornalismo: – “O que vai acontecer com os signos até o fim do ano”. Uma previsão para nós todos, afinal, todos temos um signo, uma casa astral, algo que mais ou menos nos define na vida a partir da data de nascimento. Sim, mas até que ponto esse horóscopo é uma garantia? Nenhuma garantia, os horóscopos não passam de mais uma ação de desespero do ser humano em relação ao futuro, ao prazo de validade, que é tudo o que nos tira o sono na vida.

“A ninguém será dado o poder de ver o futuro”, está na Bíblia.  Mesmo assim, teimamos. Queremos porque queremos saber do amanhã, esquecendo que não saber do amanhã é alicerce para a felicidade no hoje.

Mas vamos imaginar que pudesses saber tudo do teu futuro, tudinho, tintim por tintim. Ficarias feliz? De jeito nenhum. A graça da vida está no não sabermos para onde vamos e o que nos espera. Claro, sempre esperamos pelo melhor. E se não for lá essas coisas o que nos espera? E se for algo muito bom? Se for algo muito bom, começará agora o nosso temor de ter e perder.

Não saber do prazo de validade – do nosso tempo de vida – faz-nos lutar por grandes causas e, não raro, sem sabermos que temos ou teríamos apenas… algumas horas de vida. O melhor mesmo é a cegueira do tempo, viver como eternos, sabendo que somos uma bolha… Vivamos, aqui e agora. O amanhã a Deus pertence, não foi assim que nos ensinaram? Vivamos.

Depressão

Às vezes dá vontade de desistir da luta por eles, afinal, quem tem que fazer essa luta são os pais. Falo da luta pelos jovens. Ouça esta manchete internacional: – “Depressão em jovens cresce impulsionada por redes sociais”. Pudera. As pessoas, todas, mentem, mentem fantasiosos sucessos nas redes sociais, só que os jovens acham que estão ouvindo verdades, e quando eles mentem sabem que estão mentindo. Comparando-se aos “mentirosos”, deprimem-se. E o que os molambentos dos pais fazem? Molambentos!

Bandeiras

Você já notou que em todas as eleições americanas as cabinas de votação têm a bandeira nacional na frente e nas laterais? E ninguém acusa o Trump ou os antecessores dele de isto ou aquilo, a bandeira nacional é a identidade de todos. Já por aqui, os espíritos de porco só usam a bandeira brasileira na Copa do Mundo, fora disso, é perigo, o que “ele” está querendo? Safados?

Falta dizer

Professor, posso usar o celular em sala de aula? Obrigado. – Vou gravar tudo o que me possa constranger ou prejudicar. Tudo. Era só o que faltava um professor “pregar” ou tentar persuadir jovens sobre temas que não sejam rigorosamente de sala de aula, física, química, biologia etc., etc. Entendidos? Acho muito bom! Obrigado!

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.