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“Pobreza é opção”

Por: Luiz Carlos Prates

25/10/2018 - 14:10 - Atualizada em: 25/10/2018 - 14:51

Peguei o jornal, ajeitei a poltrona e me dispus a “viajar”. Quando você pega um jornal está iniciando uma grande viagem, uma viagem para todos os lugares. Claro, nunca será uma viagem tranquila, haverá turbulências de todo tipo, mas vale a pena.

Mal comecei a ler e… dei com um cronista e parei, o sujeito me puxou pela camisa… Ele dizia, pela boca de um dos seus personagens na coluna, que – “Sou contra essa elite pérfida que não admite que o filho da faxineira entre na universidade”!

O jornalista estava usando de uma figura de retórica, uma situação inventada, mas alicerçada sobre o que muitos pensam e dizem. Foi aí que acabou a minha paz, interrompi a viagem pelo jornal e vim para cá, até você.

O colega jornalista encenava uma realidade que anda por aí, mas discordo visceralmente dos estúpidos que pensam que o filho da faxineira, ou de quem quer que seja, está proibido de entrar na universidade ou conquistar o que bem entender na vida.

E não estou fazendo frase ou assumindo posição de simpático ou bonzinho, longe de mim essas “virtudes”. Jamais faço pregação do que não acredito, nunca mesmo. Sou dos mais fieis apóstolos do Evangelho de Marcos, 9:23, aquele famoso do – “Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê”. Que fique claro: os “milagres” na vida de todos nós têm que ser produzidos por nós, por atos de fé e muito suor.

O que alguns partidos políticos pútridos pregam é que os pobres não têm chance de ascensão social, que são deixados como desiguais por força de interesses de uma “elite pérfida”.

O que os estúpidos precisam dizer é que um jovem tomado pelo fogo da paixão por uma casa, seja ela qual for, consegue torná-la realidade em sua vida. Costumo dizer nas palestras dentro de escolas, que – Aqui, nesta sala, qualquer um de vocês poderá vir a ser o que bem entender na vida, desde que estudem três horas por dia depois das aulas, todos os dias.

Vão passar brincando nas provas da escola, vão passar brincando em qualquer vestibular, serão o que pretenderem no mercado de trabalho. Foco, fé, gana e… certeza, aí estará a vitória. Ser filho da faxineira será orgulho e nunca vergonha ou impedimento. Qualquer um pode, não existem pobres quando existe fé, não é mesmo Marcos 9:23?

Estranho

Já “ouviste” a conversa aí de cima? Então, vai ficar melhor de entender. Enquanto alguns falam em discriminação e dificuldades para os pobres, veja esta manchete de um jornal de Porto Alegre: – “A faculdade é gratuita, mas faltam alunos”. Diz o texto que universidades federais tiveram ao longo do ano passado 9,5% de suas vagas ociosas, ninguém para ocupá-las. Ué, mas e os “pobres”, os que vivem com desculpas, por que não ocuparam essas vagas? Vão plantar batatas!

Verdade

Não estudam, não têm disciplina, vão e voltam da escola sem nada na cabeça nem sem vontade de aprender… E depois vão se queixar da sorte? Ninguém está proibido de entrar na universidade que for, ninguém, e quem de fato estuda sabe que isso é verdade. No mais, é olhar-se “o discriminado” no espelho da vergonha…

Falta dizer

Os insones das inquietações diárias que ouçam esta manchete: – “Drogas para controlar insônia e ansiedade elevam risco de morte”. É preciso ter uma cabecinha de prego para não saber ou desconfiar disso… É um estudo da Universidade de Laval, no Canadá. Mas adianta dizer? – Ah, é só hoje, eu me controlo! É a frase preferida dos levianos e (inconscientes) suicidas da vida. Sendo assim…

 

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.