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Perguntas inocentes

Por: Luiz Carlos Prates

06/07/2016 - 04:07

Uma perguntinha inocente, posso? Obrigado. – Quando você recebe um presente, uma caixa, por exemplo, o que é mais importante para você – o pacote, a caixa, ou o que está dentro, o conteúdo? Nem vamos discutir.

Faço ainda outra perguntinha inocente: numa pessoa amiga, sua amiga, o que é mais importante para você, as roupas que ela veste ou o caráter dela? Perguntas tolas, pois não?

Pois é, mas vivemos esquecendo dessa verdade banal, contudo tão importante para a vida quanto o sol do meio-dia para a nossa saúde. Acabo de ler um artigo sobre marketing e propaganda. E o título do artigo era: – “O conteúdo é a melhor propaganda do mundo”. Tratava-se de um artigo sobre produtos, a qualidade deles. E quem é que não sabe que quando compramos uma caixa de bombons o que nos interessa é o “conteúdo”, isto é, a qualidade dos bombons dentro da caixa? Vale para tudo e vale para as pessoas, e era aqui que eu queria chegar.

Quando nos encantamos por alguém, quando queremos namorar alguém, quando conhecemos uma pessoa e a achamos interessante, queremos fazer amizade com ela, não é assim? Pois é, mas o que nos vai dar prazer, o que nos vai gerar confiança nessa pessoa é o “conteúdo”, a qualidade dela por dentro, o caráter, enfim. Não diferimos de qualquer produto.

E quem de nós não pode ter esse “conteúdo” de qualidade? Acredito que só os que não pensam com clareza, por uma razão ou outra, ou os psicopatas, por exemplo, ou ainda os desdenhosos da vida, dos valores e da decência, muita gente… Fora disso, todos podemos ter “conteúdos” de qualidade e que nos façam boa publicidade/propaganda de nós ao meio das pessoas conhecidas ou das que vierem a nos conhecer. Conteúdo é, em resumo, qualidade. E no caso humano, qualidade é caráter, a instância moral personalidade. Se esse caráter for bom há de ter bom “conteúdo” a pessoa, daí para a frente é tê-la como amiga sem sobressaltos, ou tê-la como marido ou como mulher. Pode-se confiar. Conteúdo é isso, poder-se confiar, ter confiança. Resumido, todos podemos ter conteúdo, muitos, todavia, dão de ombros para esse tipo de virtude. Razão? Distorção de caráter, um mal incorrigível. Incorrigível, eu disse. E quem apostar numa relação com alguém sem esse “conteúdo” de confiança vai se dar muito mal na vida, muito.

Chatos
Em todos as empresas há os colegas chatos, os que não se dão conta de que vão além da conta. Exemplo? Você vai tirar foto com alguém, o chato vem e se mete na foto. Ele não foi chamado. E assim em outras questões, ele se mete em tudo. O diacho é que são poucos os que têm coragem para dar um pito nesses tipos, dizer a eles que são chatos. E são…

Falta dizer
Uma grande dúvida: o futuro é um acaso ou o resultado de uma programação? Acaso é efeito sem causa, rejeitemos a ideia. Sobra então a “programação”, isto é, o que fazemos para chegar a um bom futuro. E no mais é ter fé, nada mais pode ser feito.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.