Passou, passou – leia a coluna do Prates desta sexta-feira (9)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

09/10/2020 - 05:10

É muito fácil dizer passou, passou. Muito fácil. Quero ver você fazer, ou eu, ou a mãe Joana. Acabei de reler frases que foram deixadas por ela… Ela era uma mulher interessante, muito interessante, mas decidiu abandonar cedo o barco da vida. De uma hora para outra, sei bem, ela partiu.

Fiz várias entrevistas de rádio com ela. Ela deixou muitos escritos. Peguei alguns deles ontem à tarde, evocações e dúvidas, eu precisava pensar. Pensar tanto faz bem quanto mal. Vou ficar com o lado ruim do pensar.

A tal mulher, que “decidiu” subir mais cedo, disse um dia que – “É preciso mudar para não morrer”. Esse morrer precisa ser entendido. Quando nos repetimos, seja no que for, estamos andando para trás, para trás na correnteza da vida. Mas o que é mudar? Ora, mudar o pensamento.

Mudando o pensamento, o jeito de ver a vida, mudamos a vida, mudamos o nosso entorno, nossas ações. Mas é um desafio por poucos vencido, esse do mudar.

Em outro momento, essa mulher, que “decidiu” subir mais cedo, disse que – “É preciso aprender a deixar morrer tudo o que não contribui mais para a vida plena”. Isso vale, e muito, para os que perderam entes queridos. É preciso fazê-los “morrer” de nossos inúteis sofrimentos.

Agora me diga, como? Ou nos sentimos bem sofrendo, e disso a Psicologia tem provas cabais, é um tipo especial de masoquismo fúnebre, ou é uma luta especial, dificílima de vencer. Possível, mas difícil, penosa.

De um modo ou de outro, essa mudança, esse deixar morrer o passado de sofrimentos, é indispensável para que continuemos vivendo. Vale para tudo o que um dia nos foi importante.

Mas a vida é implacável, o que passou, passou, nunca mais vai voltar. E quando aparentemente volta, como no caso dos casais que um dia se separaram e depois voltaram a viver juntos, a vida não será mais como a anterior, nunca.

Os beijos de hoje não serão mais os beijos de outrora… E é bom não esquecer, para não sofrermos muito, que não é possível ser o que já não se é mais. Passou, passou.

Devia ser assim, afinal, não vivemos dizendo que não se deve chorar pelo leite derramado? E a vida é um continuado leite derramado. Passou, passou, é olhar para frente. Ah, é? Então, tente, “seo” Prates!

Discussão

Ouça o que diz um diretor de famosa escola inglesa, cristã: – “Está no cerne da religião cristã que os homens nascem com o coração inclinado a todos os tipos de maldade. A disciplina no contexto educacional é, por isso, vital”.

Ele defende castigos físicos aos delinquentes de sala de aula. Delinquentes, sim. Será que alguém contesta o mestre?

Verdade

E diz um outro educador, este brasileiro: – “A valorização do professor é a única forma de prevenir e controlar o ‘burn out’. E ensinar exige um envolvimento afetivo, e como isso provoca grande desgaste, o Estado e as escolas precisam oferecer estrutura de apoio ao professor”.

Outra vez, aplausos, mas… Tire seu cavalinho da chuva, professor. Não vai haver investimentos em Educação, não vai. Conheço as biscas…

Falta dizer

Os “interesseiros” do despiste, ou burros, estão a dizer que até o fim do ano vamos ter vacina contra esse vírus que anda por aí. Não é possível uma vacina eficaz em tão pouco tempo, ademais, se lançassem agora uma vacina ela seria experimental. E já disse, teria que ser dada por primeiro (experimental) nos fantoches de Brasília… Olho vivo.

 

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