O que vou dizer tem um fundamento para a sua vida, mas antes vou dar uns giros pelos gramados do futebol… Diante dos nossos desejos, que devem ser viáveis, exequíveis, afinal, só um estonteado vai sonhar com o impossível, por que são tão raros os nossos triunfos? Ora, porque somos fracos na fé e na luta pela realização do sonho.
Nesta semana que passou fiz palestra para jovens atletas das divisões de base de um dos nossos clubes catarinenses da Primeira Divisão. Num certo momento, falei sobre favoritismo num determinado jogo. O que é favoritismo? É uma tendência, uma perspectiva que se alinha na direção de um dos times em razão do passado desse time e do seu adversário. Quer dizer, o favoritismo, a “previsão” de vitória, vem do passado. Toda previsão vem do passado, toda. Sem passado não se pode imaginar, prever ou ter mínima ideia do que nos está pela frente.
Na palestra com a gurizada, citando vários exemplos de retumbantes fracassados de equipes favoritas, citei um deles, um fiasco para os jornalistas “entendidos” e que apostaram todos os dedos numa vitória do Brasil contra o Japão na Olímpiada dos Estados Unidos, em 1996.
Um desses cronistas escreveu no jornal O Globo está preciosidade: – “O futebol da terra do Sol Nascente ainda peca muito pela ingenuidade e um certo sentimento Kamicase. Sentimento esse que os faz jogar de igual para igual com qualquer adversário, mesmo que estejam, como hoje, diante dos tetracampeões do mundo”. O jornalista “desavisado”, famosão, caiu feio do burro. Os japoneses nos venceram por 1 a 0 e nos mandaram plantar batatas na Olimpíada.
É assim a vida em tudo. Quando dizemos que não podemos, que não temos chances, que isso e mais aquilo, melhor é enfiar um pijama e ir se deitar… debaixo da cama. Covarde desse tipo não devia ter nascido. Tudo é possível ao que crê. Senhor das Pitangas, quantas vezes vamos repetir esse mantra da fé? Mantra ignorado ou subestimado. Nem o adversário já nos ganhou por antecipação nem nós já o vencemos. Só a luta decide na vida.
Todos os dias ficamos sabendo de alguém que venceu um desafio que duvidávamos, que não acreditamos que nós o possamos vencer… E podemos. Já disse incontáveis vezes, ninguém sonha com o impossível, se sonhamos com algo é porque lá no fundo sabemos que podemos. Só não chegamos ao pote porque cansamos pelo caminho, cansamos pelo medo e pela desconfiança de nós mesmos. Só isso.
Escrever
Acabei de ler um anúncio de um curso: – “Como escrever bem”. Escrever bem tem perspectivas diferentes… Uma delas é escrever ortográfica e sintaticamente de modo correto. Os gramáticos fazem isso. Outra é escrever bem no sentido literário, criativo, interessante, instigante, motivador para quem lê… Essa segunda perspectiva exige bem mais. Já me matriculei…
Falta dizer
Um cachorro viu um coelhinho na calçada e disparou atrás dele. O coelhinho chispou e desapareceu. Alguns pedestres estranharam, mas como um cachorro perde a corrida para um coelho? Fácil de entender, compadres: o cachorro corria por vaidade, o coelhinho para salvar a vida… Quando temos um motivo especial “voamos”.