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Para amenizar a angústia, alguns inventaram as religiões

Por: Luiz Carlos Prates

21/04/2017 - 15:04 - Atualizada em: 21/04/2017 - 21:41

O ser humano é inquieto. Tem razões para isso. A primeira questão dessa inquietação é saber de onde viemos, como é que chegamos aos dias de hoje. Sem resposta. Claro, para amenizar a angústia, alguns inventaram as religiões, deuses poderosos criaram tudo. Sim, mas quem criou esses deuses? Se você já estudou teologia sabe que quando se fala de deus, sua origem, a explicação é de dar dó: “Deus é causa de si mesmo, antes dele nada, depois dele, tudo”. Depois dessa, só pedindo uma Skol…
Estudando filosofia, sabemos que “todo consequente resulta de um antecedente”, isto é, tudo o que existe é o resultado de algo preexistente. A mesa veio da madeira, que foi uma árvore, que foi uma semente… Do nada, nada sai. Não nos tentem fazer de otários.
E não vamos longe, parvos dizem que o universo resultou de uma grande explosão. Antes não havia nada. Ah é? E o material dessa explosão veio de onde? O material é o preexistente… Ora bolas!
A segunda pergunta que nos estonteia é: para onde vamos? Olhando-se para qualquer animal morto vê-se que seu corpo, decomposto, volta à realidade da Terra, de onde tudo resulta. És pó e ao pó retornarás! Credo!
Esta conversa, leitora, tem por base um texto que acabei de ler, artigo de jornal. Nos jornais estão as eternidades das nossas verdades… E nesse texto, éramos comparados aos ratinhos de laboratório, aqueles que andam sobre uma pequena esteira dentro de um globo que não para de rodar. O ratinho anda, anda, anda e não sai do lugar. Igual a nós, sem tirar nem pôr. O ratinho anda para o nada, mas ele não sabe disso… E nós também não andamos para o nada? Nós pensamos que sabemos tudo, inteligentes, racionais que somos… Será?
Para onde você está indo, leitora, leitor? – Ah, para construir meus sonhos, Prates! Lindo isso. E depois? Outro sonho, e mais outro, e outro… É isso? No fundo, no fundo lutamos pela sobrevivência, esta sobrevivência física do aqui e agora, porque a outra, a sobrevivência metafísica, a que nos agonia, bah, dela não temos nenhuma pista, menos ainda mínima certeza. E se tudo acaba mesmo voltando ao pó de todas as origens, cá para nós, leitora, estamos perdendo tempo. O melhor é dar de ombros para tudo e ser feliz – se possível – aqui e agora. Acho que bebi.

Eles
Graças a Deus, vem aí a terceirização. Não é mais possível continuarmos abrindo espaços para indolentes. Acabo de ler reportagem sobre os jovens entre 19 e 35 anos. Eles, em maioria, querem trocar de emprego a cada dois anos, querem, mais do tempo, trabalhar em casa e período mais curto na sexta-feira… Vagabundos. E se dizem da Geração Y, o que é mesmo isso? Ah, sim, vadiagem, descompromisso. Exceções? Quero conhecê-las.
Falta dizer
O pessoal não cansa mesmo. Peguei uma revista popular e reencontrei uma velha simpatia: – “Simpatia para ganhar bastante dinheiro”. E junto os detalhes. Não fosse essa nossa maravilhosa capacidade de sonhar com loucuras e “atalhos” na vida, já teríamos pirado. “Simpatias” fizeram os caras da Lava Jato…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.