Palavras e cama – Leia a coluna do Prates desta sexta-feira (18)

Foto Divulgação

Por: Luiz Carlos Prates

18/09/2020 - 05:09

Quem não souber disso vai se dar mal. O que segura um casamento não é a cama, é a língua. Casamento tem que ter como sinônimo companheirismo, homem e mulher devem se sentir bem um ao lado do outro. Vem daí o companheirismo alicerçado pela língua. Ué, não entendi, Prates!

Pensei que eu estava sendo claro, vou tentar abrir a janela, leitora. Companheirismo é língua, língua na fala. A conversa deve prender mais os “pombinhos” que qualquer outra vulgaridade popularmente celebrada, como a cama rangente…

Cama é para os primeiros dias de enlace. É fogo de palha, é lua-de-mel, vá lá fora e dê uma olhada, veja se você consegue ver alguma lua de mel por aí, lua de mel sem hífen… lua feita de mel mesmo.

Claro que não vais ver, isso não existe, o que existe, já disse, é o foguinho de palha de alguns primeiros dias da relação entre elas e eles. Voltando ao fogo-de-chão da nossa conversa, companheirismo.

Acabei de tirar uma frase da minha caixa de sapatos – há quem não acredite nela, pensam que faço uso de arquivos de computador – como disse fui à minha caixa de frases e “pesquei” esta: – “Um mal-entendido de comunicação pode arruinar uma consulta”.

Referia-se ao mal-entendido entre médico e paciente. Um médico trôpego ao falar pode “matar” um paciente psicologicamente fraco. Mas isso também vale para o casamento. Dizer, ao meio de uma discussão, uma palavra dúbia ou azedamente agressiva pode levar a sérios conflitos, pode mesmo levar ao divórcio, tudo vai depender da palavra.

Pensar antes de falar? Devia ser regra de conduta, não é. Pensar, calcular, avaliar e mesmo assim dizer? – Ah, bom, então tu vais levar o devido troco, nem sempre se deve dizer o que se pensa. E mal-entendido pode resultar da cabeça de quem ouve, cabeça pobre e que interpreta mal…

Daí a necessidade de pensarmos muito sobre as palavras que usamos ou vamos usar. Língua, linguagem, deve ser o grande vínculo dos casais.

Aquela conversa leve, sem rumos, bem-humorada, diária, ah, isso é mais que cama, isso é vida, felicidade entre os pares, casais ou não. Mas infelizmente é para poucos. O que mais os “pombinhos” fazem não é conversar, é trocar informações, e com palavras erradas. São os “divorciados” casados…

Escadas

Você sabia que muita gente constrói casa com escadas internas, mas não admitem corrimãos nessas escadas? Você tem que subir ou descer confiando em seu “perfeito e infalível” equilíbrio… E também deve saber que todos os dias mais e mais pessoas se ferem gravemente ou morrem caindo dessas escadas… Dizem os estúpidos que corrimão é brega. Brega é cair de escada e morrer dentro de casa…

Falsidade

Muitas empresas brasileiras estão deixando de exigir fluência em inglês no currículo de seus candidatos a vagas. É para “igualar” os desiguais da sociedade. Idiotice pura. Hoje o sujeito aprende grego de trás para frente estudando on-line no banheiro; claro, se tiver vergonha na cara. Aprende-se de tudo em casa, por computador ou celular. E quem é que não tem celular? Empresas hipócritas.

Falta dizer

Vamos imaginar que você vá à casa de alguém e que depois de alguns minutos de visita esse alguém lhe queira mostrar sua coleção de armas ou seus revólveres… levante-se e vá embora, você está na casa de um… (impublicável). Não perca tempo com fanados “valentes” pelas armas. Vá embora. Que ele lhe mostrasse sua coleção de livros, isso sim. Murchos…!

 

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