“Os vulgares”

Por: Luiz Carlos Prates

17/01/2019 - 09:01 - Atualizada em: 17/01/2019 - 09:38

Muita gente teima em não acreditar que o nosso “destino” é feito, basicamente, por nós mesmos, vamos semeando na horta da vida e colhendo na sequência. E assim, até o fim do tempo de validade de cada pessoa, cada uma escreve o seu destino.

No passado, não tínhamos vitrinas para nos expor. É “vitrinas” mesmo o correto. Hoje, podemos estar no meio do mato e do meio do mato nos expormos aos olhos alheios do outro lado do mundo… Basta um celular na palma da mão.

O que me traz a este assunto, leitora, leitor, é o que vejo todos os dias em redes sociais. Os pais tinham (mas não fazem) que educar os filhos desde o berço para que entendam que tudo o que vierem a fazer na vida será do conhecimento de todos.  Diferente do que acontecia no passado. Hoje é tudo no instantâneo e mundialmente visível…

Vamos lá. Cada um de nós, já disse isso aqui, é uma ou pequena empresa ou uma multinacional daquelas poderosas, tudo vai depender da qualidade do gerente interno que vive dentro de nós. Precisamos, como qualquer empresa, de uma imagem simpática, bem apresentada, confiável, a oferecer ao mercado um produto de incondicional aceitação e boas garantias. Isso passa por nossos valores, éticas cotidianas e aprendizados constantes, mas…

O que vejo me decepciona e me tira a confiança em pessoas, pessoas de todo tipo e mais ainda as que se acham alguma coisa na vida. Não tem cabimento, por exemplo, que jovens mulheres ponham nas redes sociais imagens suas de roupas insinuantes, quase nuas, deitadas, fazendo caras e bocas e dizendo: – “Olha como vou dormir”! Como que a provocar, excitar possíveis “clientes”. Garotas de família.

Outros, metidos a parrudos, pobres machos impotentes, sorrindo com “garrafas” na mão, achando que são alguma coisa nessas posses e locais que frequentam.

Tudo o que postamos, dizemos, fazemos e até pensemos em fazer nos revela, somos julgados por esses atos. Bobalhões em carrões buscando com as máquinas a potência que os impotentes não têm. E elas, maioria, cada vez, mais vulgares pelas fotos e indevidas exposições.

Estão semeando, vão colher. Escrevem seus destinos sobre a lousa de suas frivolidades. Todos ficam sabendo e as empresas, mais tarde, não as contratarão porque o que hoje o que mais reprova candidatos a empregos são as redes sociais. Semeiam? Vão colher.

Goela

Certa gente não me desce pela goela. Quem é Neymar, o que faz de relevante na vida? Se ele fosse um vendedor de limonada na estrada, será que essas sirigaitas que andam sorrindo ao lado dele o teriam notado? Enquanto isso, rapazes alinhados e inteligentes roem unhas… Sirigaitas.

Lição

Que diacho ter que repetir essa lição tão velha… Paciência. A cada dia vejo jovens ou nem tanto fazendo o que não devem e esquecendo que suas ações os comprometem e podem comprometer a empresa onde trabalham. Não há mais vida privada hoje em dia, tudo “vaza” e vaza mais ainda quando a própria pessoa não se cuida e se expõem em redes sociais. Dependendo da ação, rua! Que a empresa não vacile, rua.  Ninguém é tão ingênuo que não saiba o que faz…

Falta dizer

Saio para ler novidades nos sites jornalísticos e acho esta “pérola”: – “Claudia… posa de biquíni e exibe barriga negativa”. Essa Claudia é bem conhecida da tevê, mas o que tenho a ver com a barriga dela? Ademais, barriga negativa para mim é barriga de fome. E a cabeça dela está “negativa” também?  Vão ler um livro, bobões das futilidades!