Já contei para você que tenho um arquivo de assuntos temáticos que duvido algum Google da vida possa superá-lo, duvido mesmo. Um dos temas desse meu arquivo de assuntos temáticos de que me valho nas palestras, nos comentários e colunas trata de Superações. Assim mesmo, com letra capital no início da palavra. Superações.
São casos de pessoas que sobrepujaram graves dificuldades na vida, pessoas que passaram por situações extremas, vendo a Monja da Foice muito de perto ou vencendo cavas depressões produzidas por prejuízos físicos de toda sorte… O que seria um dossiê de horrores é na verdade um formidável documento de exemplos a serem considerados por pessoas que se acham abatidas por questões menores na vida…
Este caso de agora foi página inteira de um dos nossos jornais do centro do país, envolve um ex-soldado americano, um sujeito que conheceu o cheiro da pólvora sobre seu rosto lutando pelos Estados Unidos no Afeganistão. O nome dele: Brady Snyder, 32 anos.
Em 2011, fardado, armado e andando por campos minados no Afeganistão, Brady pisou numa mina terrestre e viu-se gravemente ferido, mutilado. Safou-se, mas… perdeu os dois olhos, ficou cego 100%, como ele mesmo diz. Depressão? Não, reação.
Como bom soldado das melhores histórias do Exército americano, Brady bateu a poeira pesada que a vida jogou sobre ele e partiu para a reação: foi nadar. Nadar competitivamente.
Um ano após a explosão da bomba sob seus pés, ganhou medalha de ouro nos Jogos Paraolímpicos de Londres. Um ano depois, apenas um ano depois. Quantas pessoas teriam reagido do mesmo modo, um sujeito na plenitude da vida, soldado forte, saudável, de repente vê-se cego. Podia ter arriado as meias e chorado, não fez isso. Foi disputar os Jogos Olímpicos. E faz meses que treina pensando no Brasil, quer ganhar três medalhas na nossa Olimpíada. Belo exemplo, “guy” (cara).
E nós por aqui vendo pessoas gemendo, se encolhendo, achando-se um fim de mundo, querendo morrer… e você vai ver os pífios estão apenas com uma “pedrinha no sapato”, probleminhas. Ninguém perdeu os braços, as pernas, a visão, nada. Apenas gente molenga, frouxa, chorando porque “ele” foi embora ou “ela” o mandou lamber sabão. Vergonha, esses molengas.
Grande Brady, vou estar na arquibancada torcendo por ti, como vou torcer por todos que vão participar dos Jogos Paraolímpicos, os únicos jogos que valem a pena, os jogos dos verdadeiros vencedores na vida.
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